No dia 07 de abril de 2011, Wellington Menezes de Oliveira, de 23 anos, invadiu a Escola Municipal Tasso da Silveira, em Realengo, zona oeste do Rioarmado com dois revólveres e começou a atirar contra os alunos, matando 12 deles, com idades entre 13 e 16 anos, e ferindo outros 13. Interceptado por policiais militares, o assassino cometeu suicídio.
Um bilhete que Wellington deixou e as investigações sobre o crime revelaram que o atirador tinha problemas mentais e havia sofrido bullying quando era aluno da mesma escola onde praticou a chacina.
Embora o termo em inglês só tenha sido incorporado ao cotidiano das escolas brasileiras em anos recentes, os relatos de violência têm assombrado cada vez mais diferentes instituições de ensino. Loise Rizzieri, consultora pedagógica do Sistema de Ensino Poliedro, avalia que o suporte da escola na criação de uma rotina de ação preventiva, capaz de estimular o diálogo e as relações de respeito, é o principal caminho para prevenir este tipo de comportamento.
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De acordo com pesquisa do IBGE sobre a saúde do estudante brasileiro, o número de casos de jovens submetidos a situações de humilhação cresceu. Os estudos apontam que quase a metade dos entrevistados já sofreu algum tipo de agressão ou humilhação no ambiente escolar. Em comparação com a pesquisa anterior, realizada em 2012, o número de alunos que se sentiram assim saltou de 35,3% para 46,6%.
A especialista destaca que o bullying pressupõe uma situação de agressões intencionais, verbais ou físicas, feitas de maneira repetitiva, por um ou mais alunos contra um ou mais colegas com dificuldades em se defender.Os alvos costumam ser jovens e crianças inseguras, com baixa autoestima e retraídas tanto na escola quanto no lar.
“Não podemos generalizar e dizer que tudo é bullying. Situações como discussões ou brigas pontuais,conflitos entre professor e aluno ou aluno e gestor não são considerados bullying. O fenômeno acontece quando a agressão ocorre entre pares, colegas de classe ou de trabalho, por exemplo”, alerta.