Para Ailla, que também é professora de ioga, a meditação e o amor são as principais ferramentas para vivenciar o autoconhecimento e, assim, encontrar a felicidade: “Seguimos repletos de comportamentos ilusórios, buscando constantemente em coisas e pessoas uma alternativa para suprir um vazio que, na realidade, é interior. Mas a verdadeira felicidade só pode ser vivenciada através do encontro com o próprio eu.”
Os caminhos para o autoconhecimento são diversos e, principalmente, pessoais. Antonnione Leone já trilhou alguns, guardando e praticando aquilo que mais lhe fez bem. “Por muitos anos me interessei pelo hinduísmo, mas dele restou em minha vida apenas a prática do ioga, pois em questões eclesiásticas me identifiquei mais com a praticidade racional do zen.” Praticante há um ano, ele conta que o treino é constante, citando o mestre do sotto zen, Eihen Dogen Zenji: “Estudar o caminho é estudar a si próprio. Estudar a si próprio é esquecer-se de si próprio. Esquecer-se de si próprio é perceber-se uno a todas as coisas do universo”.
Doutorando em design e graduado em artes visuais, design gráfico e comunicação social, Antonnione encontrou a paz na simplicidade, e hoje também é monge zen
Esse é um dos pilares do ioga e motivo pelo qual a prática faz tão bem para a mente. A professora Ailla orienta que, para tirar o máximo proveito dessa técnica tão famosa, é preciso muita disposição para mergulhar dentro de si, encarar as próprias dores e enfrentá-las, para então superá-las. E é exatamente isso que o processo terapêutico e o autoconhecimento propõem. Assim, não se encontra a felicidade em algo, mas dentro de si, quando a pessoa se encontra profunda e verdadeiramente.
A felicidade na prática
“Viajar gera mais felicidade que casar, diz pesquisa”; “Estudo mostra que amor traz mais felicidade do que dinheiro”; “Cientistas afirmam que experiências trazem mais felicidade do que posses”; “Pesquisa diz que força dos relacionamentos é chave para vida feliz.”
Ela explica que pessoas bem-humoradas têm uma boa absorção de serotonina e endorfina, hormônios que exercem papéis importantes no organismo: “Algumas de suas funções são proporcionar equilíbrio da pressão sanguínea, regulação do sono, alívio de sensações de dor, aumento de sensação de prazer e muitos outros benefícios”.
Para entender a dimensão do impacto que as emoções causam no nosso corpo, basta pensar no que é contrário à felicidade: a depressão, que é o transtorno causado pela má absorção de tais hormônios e neurotransmissores. A vida perde o brilho e falta vontade e força mesmo para as menores atividades. “Vários estudos comprovam a relação entre comportamentos negativos com disfunções do nosso organismo. Pessoas hostis, por exemplo, são caracterizadas no subtipo de pessoas mais propensas a doenças cardiovasculares. Além disso, pessoas deprimidas apresentam grande risco para piora no quadro de doenças crônicas, sem falar na dificuldade que elas encontram no que diz respeito à adesão de tratamentos médicos”, explica Amanda.