A saúde é o bem maior do ser humano. Quando ele adoece, todos lutam, sonham e buscam um atendimento humanizado. O que inclui não só o tratamento com remédios, exames e intervenções cirúrgicas, mas também cuidados via recursos terapêuticos. É a preocupação em assistir as pessoas em sua integridade: corpo, mente e alma.
Com essa percepção, o Ministério da Saúde, por meio da Política Nacional de Práticas Integrativas e Complementares (PNPIC), criada em 2006, instituiu no Sistema Único de Saúde (SUS) tratamentos como fitoterapia, acupuntura, homeopatia, dança circular/biodança, ioga, oficina de massagem/automassagem, auriculoterapia, massoterapia, medicina antroposófica (medicina complementar e integrativa de origem humanista que trabalha o conceito de que o ser humano tem o corpo, a psique e a individualidade) e termalismo (as diferentes maneiras de utilização da água mineral e sua aplicação em tratamentos de saúde). Essa visão, enfim, propõe o desenho de uma nova cultura de saúde e a ampliação da oferta dessas práticas na rede de saúde pública.
Conceito e prática que acabam de ser ampliados. Desde janeiro, entraram em vigor sete novos tratamentos de acordo com a Portaria 145/2017, publicada no Diário Oficial da União: arteterapia, meditação, musicoterapia, tratamento naturopático, osteopático e quiroprático e sessão de reiki. Vale ressaltar que o Ministério da Saúde repassa recursos federais para o custeio desses procedimentos. No entanto, cabe aos gestores locais decidirem pela oferta dos novos procedimentos.
A adesão é positiva e a meta é sempre crescer.
MEDICINA CHINESA EM BH
A Rede SUS-BH oferece o Programa lian gong em 18 terapias, prática corporal da medicina tradicional chinesa criada para prevenir e tratar dores crônicas do corpo.
Ao criar o lian gong, Luzia Hanashiro conta que a preocupação de Zhuang Yuan Ming foi que os pacientes com dor que o procurassem em sua clínica tivessem uma melhora duradoura e, se possível, definitiva. Não queria que eles retornassem com quadro parecido. “O objetivo é prevenir e tratar dores do corpo.
Luzia Hanashiro explica que a técnica do lian gong é dividida em três partes. “A primeira, chamada anterior, começa com seis movimentos que tratam das dores do pescoço e do ombro. Em seguida, há mais seis movimentos que cuidam das dores nas costas e na coluna. E os seis últimos se ocupam dos membros inferiores (glúteos, pernas e pés, claro, englobando os joelhos). A segunda parte, chamada posterior, trata das extremidades do corpo: braços e pernas. Os movimentos de punho, mão e cotovelo. São 18 exercícios que trabalham as afecções das extremidades, prevenindo as tendinites e sinovites. E a última série dessa fase tem seis movimentos para melhorar o funcionamento dos órgãos internos. Já a terceira parte, chamada de continuação, vai trabalhar coração e pulmão, fortalecendo os dois órgãos.”
EMPODERAMENTO A coordenadora lembra que, como toda prática corporal chinesa, é trabalhado tanto a parte física quanto as emoções, que são imbricadas com o funcionamento dos órgãos.
Luzia Hanashiro conta que o lian gong chegou ao Brasil em 1987 com a chinesa Maria Lúcia Lee, e “em Belo Horizonte começamos a prática em 2007. A Secretaria Municipal de Saúde (SMSA) pulveriza a oferta e sua prática, que é simples e fácil de executar.
Tratamentos complementares
1 – Profissionais da Rede SUS-BH executam o reiki, meditação e massagens terapêuticas, mas essas são iniciativas pontuais, e ainda não implantados em toda a rede de atenção.
2 – A população de Belo Horizonte tem à sua disposição, pelo SUS, o Programa de homeopatia, acupuntura e medicina antroposófica (Prhoama). O programa é formado por profissionais médicos e esse serviço é oferecido pela PBH desde 1994. Os atendimentos são nos centros de saúde distribuídos em todas as regionais.
3 – Em 2016, houve aumento de aproximadamente 10% nos atendimentos com relação a 2015. Em 2016, foram 14.438 atendimentos de acupuntura, 18.620 de homeopatia, e 1.424 de medicina antroposófica.
4 – A SMSA conta com uma médica homeopata doutoranda da UFMG que desenvolve uma pesquisa que avalia a qualidade de vida de mulheres tratadas com as práticas do Prhoama. Há também dados coletados com a intenção de realizar uma pesquisa para avaliar a eficácia do tratamento homeopático durante as epidemias de dengue.
5 – Para participar do Prhoama, procure o centro de saúde mais próximo de sua casa.
6 – A Rede SUS-BH também oferece o Programa lian gong em 18 terapias. Ele é desenvolvido para prevenir e tratar dores crônicas no corpo. Os interessados devem procurar informações no centro de saúde mais próximo de sua casa ou acessar o site www.pbh.gov.br/saude.
Fonte: Prefeitura de Belo Horizonte,
por meio da Secretaria Municipal de Saúde (SMSA).