Miami – Cerca de 6% dos bebês de mães infectadas pelo vírus zika durante a gravidez nos Estados Unidos nasceram com malformações congênitas. O relatório dos centros de controle e prevenção de doenças dos Estados Unidos (CDCs) foi publicado na revista científica Journal of American Medical Association nesta quinta-feira (15/12).
“Os cientistas dos CDCs usaram dados preliminares do registro de zika na gravidez (USZPR) para calcular que 6% das gestações concluídas após a infecção pelo zika foram afetadas por uma ou mais malformações potencialmente relacionadas à infecção pelo vírus durante a gravidez”, diz o relatório.
Um total de 442 mulheres com possíveis infecções pelo zika tinham dado à luz até 22 de setembro, e 26 dessas gestações, ou 6%, resultaram em malformações fetais que podem estar ligadas ao vírus. O zika pode causar microcefalia, uma condição em que os bebês nascem com problemas no desenvolvimento cerebral e cabeças menores que a média, entre outras malformações. Tipicamente, a prevalência americana de microcefalia é de 0,07% dos nascidos vivos.
A taxa de malformações foi maior (11%) entre as mulheres infectadas pelo zika no primeiro trimestre da gravidez. “O zika representa um risco real durante a gravidez, mas especialmente no primeiro trimestre”, disse o chefe dos CDCs, Tom Frieden. “É fundamental que as mulheres grávidas não viajem para áreas onde o zika está se propagando”, acrescentou.
Em apenas um de cada cinco casos o zika provoca sintomas nas pessoas infectadas, e estes geralmente são brandos, como erupções cutâneas, dores de cabeça ou dores no corpo.
De acordo com dados do 37º boletim epidemiológico do Ministério da Saúde brasileiro, referente à 32ª semana (3/1/2016 a 13/8/2016), foram registrados 196.976 casos prováveis de febre pelo zika no país, taxa de incidência de 96,3 casos/100 mil habitantes, distribuídos em 2.277 municípios. Destes, 132.524 (67,3%) foram notificados em mulheres, dos quais 96.494 (72,8%) em mulheres em idade fértil (entre 10 e 49 anos). Nesse mesmo período, foram notificados 16.264 (16,9%) casos prováveis em gestantes no Brasil.
O relatório norte-americano alertou que as estimativas são preliminares e poderiam aumentar, particularmente à luz de pesquisas recentes que mostraram que alguns bebês cujas mães foram infectadas pelo zika na gravidez parecem saudáveis no nascimento, mas desenvolvem microcefalia em seu primeiro ano da vida.
Com o intenso período chuvoso antecedendo o verão no Brasil, autoridades sanitárias devem manter alerta para novas explosões de proliferação do mosquito Aedes aegypti, que transmite, além da zika, a dengue e a febre chikungunya.
“Os cientistas dos CDCs usaram dados preliminares do registro de zika na gravidez (USZPR) para calcular que 6% das gestações concluídas após a infecção pelo zika foram afetadas por uma ou mais malformações potencialmente relacionadas à infecção pelo vírus durante a gravidez”, diz o relatório.
Um total de 442 mulheres com possíveis infecções pelo zika tinham dado à luz até 22 de setembro, e 26 dessas gestações, ou 6%, resultaram em malformações fetais que podem estar ligadas ao vírus. O zika pode causar microcefalia, uma condição em que os bebês nascem com problemas no desenvolvimento cerebral e cabeças menores que a média, entre outras malformações. Tipicamente, a prevalência americana de microcefalia é de 0,07% dos nascidos vivos.
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O relatório norte-americano alertou que as estimativas são preliminares e poderiam aumentar, particularmente à luz de pesquisas recentes que mostraram que alguns bebês cujas mães foram infectadas pelo zika na gravidez parecem saudáveis no nascimento, mas desenvolvem microcefalia em seu primeiro ano da vida.
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