Segundo uma pesquisa realizada com cerca de 7,5 mil pessoas de entre 18 e 65 anos nos Estados Unidos, os participantes que haviam depilado a região genital tinham uma incidência mais alta de doenças sexualmente transmissíveis como herpes, sífilis ou clamídia.
Os resultados da pesquisa foram ajustados para levar em conta as diferenças em relação à idade e à quantidade de parceiros sexuais dos pesquisados, informou o artigo, publicado na revista especializada Sexually Transmitted Infections.
Depois, os pesquisadores estabeleceram subcategorias para dividir as pessoas entre as que se depilavam mais de 11 vezes em um ano, as que faziam isso quase diariamente ou de forma semanal e as adeptas ocasionais.
Se a prevalência de DSTs foi de 13% entre os participantes do estudo, a incidência era de 8% entre as pessoas que nunca depilaram a região, enquanto as que fizeram isso ao menos uma vez tinham uma taxa de infecção de 14%.
Por sua vez, os adeptos à depilação integral tinham uma incidência de 18%.
A pesquisa se baseou em uma análise realizada pela consultora GfK em janeiro de 2014. No entanto, os autores do artigo reconheceram que não é possível estabelecer uma correlação de causa-efeito entre os dois fenômenos.
Uma hipótese "plausível" para explicar a relação podem ser os micro-cortes na pele, que favorecem a entrada de vírus e bactérias, indicaram os pesquisadores.
Outra possibilidade é que os que são adeptos da depilação de suas regiões íntimas têm a tendência de ter comportamentos sexuais de risco, acrescentaram.
Se esta última cogitação for correta, uma possibilidade pode ser realizar campanhas de prevenção para alertar as pessoas para que esperem que sua pele tenha cicatrizado da depilação antes de ter relações sexuais, indicaram os autores.
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