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A maior parte dos partos prematuros espontâneos não tem causas fáceis de serem identificadas. Os médicos frequentemente precisam saber por que as contrações uterinas começam semanas antes do que deveriam ou o motivo pelo qual a bolsa se rompe antes de o feto estar totalmente desenvolvido. Um em cada 10 bebês nasce prematuramente — antes de 37 semanas — e pode enfrentar problemas de saúde por muito tempo, como resultado. Aprender por que isso acontece é crítico para a prevenção.
Agora, os pesquisadores do hospital americano descobriram que, nos casos de parto prematuro, o saco amniótico contém depósitos de cálcio e marcadores precoces da formação dos ossos. As membranas, então, são menos elásticas e mais propensas a quebrar. “Nós vemos depósitos de cálcio em partos feitos no tempo certo, mas, no caso dos prematuros, esses depósitos são muitos e surgem bem antes do tempo”, explica Irina Bushimschi, principal autora do artigo.
O estudo também demonstra como acontecem esses depósitos. Muitos fluidos do corpo humano, incluindo saliva e sangue, produzem partículas de calcioproteína. Quando elas se depositam em tecidos moles, fora do esqueleto, podem levar a calcificações perigosas. Elas estão associadas, por exemplo, a pedras nos rins, aterosclerose e ruptura de aneurismas. Uma proteína chamada fetuína-A ajuda a prevenir que essas partículas se depositem onde não deveriam.
Pela primeira vez, o trabalho americano mostra que o fluido amniótico também pode produzir partículas de calcioproteínas. Em casos de partos prematuros, o fluido amniótico diminui a concentração da fetuína-A. Essa descoberta sugere que é possível identificar gestações em alto risco para ruptura precoce das membranas, diz Bushimschi. Ela também diz que algumas intervenções poderão prevenir o parto prematuro, como medidas dietéticas que diminuam o risco de formação de cálcio.