saiba mais
Estresse é capaz de reduzir em até 45% as chances de mulheres engravidarem
Menopausa: genes podem explicar porque algumas mulheres sentem as ondas de calor e outras não
-
Mulheres com incontinência urinária têm vida sexual afetada
Expectativa de vida cresce e mulheres se aproximam dos 90 anos
Especialista dá cinco motivos para não aderir à dieta low carb
“Uma ingestão altamente proteica parece estar associada com um aumento substancial do risco de falência cardíaca, ao mesmo tempo em que comer proteínas vegetais parecer proteger o coração. Contudo, estudos adicionais são necessários para explorar mais essa associação”, diz Mohamad Firas Barbour, autor do trabalho e pesquisador da Faculdade de Medicina Alpert da Universidade de Brown. Ele destaca que os resultados foram iguais independentemente de idade, etnia, nível de educação, pressão saguínea, presença de diabetes, doença coronariana, anemia ou fibrilação arterial. Barbour lembra que trabalhos anteriores haviam detectado uma ligação entre proteína da carne e risco cardiovascular.
O pesquisador conta que as próprias participantes do estudo descreviam sua dieta, o que pode não ser muito confiável. Por isso, ele também utilizou um biomarcador especial para calibrar com acurácia a ingestão diária de proteína, um exame que identifica traços de aminoácidos na urina. Para saber se essa proteína era de origem animal ou vegetal, Barbour recorria ao recordatário alimentar das mulheres. Esse diário é uma ferramenta utilizada em estudos epidemiológicos que investigam a influência da alimentação na saúde. Nele, deve-se anotar a frequência do consumo e a porção de aproximadamente 125 itens ao longo de um período definido.
“Enquanto um conhecimento dos riscos dietéticos ainda é necessário, parece que a falência cardíaca entre mulheres no período pós-menopausa não é apenas altamente prevalente, mas facilmente evitável ao se modificar a alimentação”, diz Barbour. “A falência cardíaca é algo muito frequente, especialmente após a menopausa. Por isso, entender os fatores nutricionais associados é algo muito necessário.” De acordo com o médico, a Associação Americana do Coração recomenda que as pessoas adotem um cardápio que enfatize o consumo de frutas, vegetais, grãos integrais, laticínios magros e, ao comerem carne, optem pelas que têm baixo teor de gordura e por peixe — especialmente o com ômega-3, como salmão e truta.