“Uma ingestão altamente proteica parece estar associada com um aumento substancial do risco de falência cardíaca, ao mesmo tempo em que comer proteínas vegetais parecer proteger o coração. Contudo, estudos adicionais são necessários para explorar mais essa associação”, diz Mohamad Firas Barbour, autor do trabalho e pesquisador da Faculdade de Medicina Alpert da Universidade de Brown. Ele destaca que os resultados foram iguais independentemente de idade, etnia, nível de educação, pressão saguínea, presença de diabetes, doença coronariana, anemia ou fibrilação arterial. Barbour lembra que trabalhos anteriores haviam detectado uma ligação entre proteína da carne e risco cardiovascular.
O pesquisador conta que as próprias participantes do estudo descreviam sua dieta, o que pode não ser muito confiável. Por isso, ele também utilizou um biomarcador especial para calibrar com acurácia a ingestão diária de proteína, um exame que identifica traços de aminoácidos na urina.
“Enquanto um conhecimento dos riscos dietéticos ainda é necessário, parece que a falência cardíaca entre mulheres no período pós-menopausa não é apenas altamente prevalente, mas facilmente evitável ao se modificar a alimentação”, diz Barbour. “A falência cardíaca é algo muito frequente, especialmente após a menopausa. Por isso, entender os fatores nutricionais associados é algo muito necessário.” De acordo com o médico, a Associação Americana do Coração recomenda que as pessoas adotem um cardápio que enfatize o consumo de frutas, vegetais, grãos integrais, laticínios magros e, ao comerem carne, optem pelas que têm baixo teor de gordura e por peixe — especialmente o com ômega-3, como salmão e truta.