Parece milagre. Em apenas uma sessão, dores crônicas na coluna, enxaqueca e túnel do Carpo - só para citar algumas das indicações do Atlasprofilax – desaparecem com a técnica que chegou ao Brasil há dois anos. Apenas cinco profissionais brasileiros estão habilitados para aplicar a terapia de origem Suíça. Três deles estão em Belo Horizonte, um em Governador Valadares e outro na Bahia.
Apesar de recente, a técnica já coleciona alguns depoimentos positivos como o da médica Ethel Faria Costa Santiago, de 51 anos. “Chegou um folder na minha mão, achei interessante e fui pesquisar na internet. Li vários relatos em inglês e espanhol com respostas positivas para a solução da lombalgia e enxaqueca. Tenho enxaqueca crônica e passei por vários tratamentos que não funcionavam. Passei pelo procedimento em junho de 2015 e desde então não tive mais crise”, afirma a pediatra e gastroenterologia infantil.
Entre 1993 e 1996, o quiropraxista e vitalogista René-Claudius Shümperli descobriu que a maioria dos seres humanos têm desvio do Atlas, nome da primeira vértebra da coluna vertebral que é responsável pela sustentação e distribuição de todo o peso da cabeça - que varia entre quatro e seis quilos -, e também pela distribuição do peso do corpo entre as 32 vértebras da coluna. O Atlas atua como ponte entre a cabeça e o corpo e por ele ou próximo a ele passam a artéria intervertebral, o nervo vago e a jugular. “O atlas desalinhado provoca escoliose, distribui o peso do corpo de forma errada e interfere na parte circulatória, sempre sobrecarregando um lado do corpo. Coluna reta é sinônimo de saúde e harmonia”, afirma o fisioterapeuta e quiropraxista Ricardo Fonseca.
Entre os sintomas do Atlas desalinhado estão as dores de cabeça, dores na coluna, insônia, hérnia de disco, escoliose, perna curta funcional, dores no joelho, dormência nas mãos, bruxismo e fadiga crônica. Além disso, a disfunção dessa vértebra pode provocar rotação da pelve e alteração da postura global.
A abordagem do Atlasprofilax não atua diretamente na vértebra, mas na musculatura curta da nuca através de uma massagem neuro-muscular com o uso de um aparelho que desencadeia vibrações. Assim, as contraturas existentes ficam atenuadas e dão liberdade ao Atlas para voltar à sua posição original. “A técnica consiste em uma vibração intensa na região do pescoço que eu chamaria de ‘tsunami de vibrações’. Antes disso, o especialista faz várias medidas para descobrir se o Atlas está desalinhado para a direita ou para a esquerda. O procedimento é muito tranquilo e relaxante. No meu caso tive o que chamados na medicina de reflexo vagal, como se eu fosse desmaiar, mas passou rápido. Eu fiquei muito bem durante uma semana”, relata Ethel Faria Costa Santiago.
A médica narra, no entanto, que foi avisada pelo terapeuta que os sintomas da enxaqueca poderiam aparecer novamente. “Tive uma crise forte uns quinze dias depois da sessão, mas passou de repente. Um mês depois voltei para refazer as medidas e estava tudo no lugar”, conta. Ricardo Fonseca explica que esse é o processo de autocura que integra a abordagem no Atlasprofilax. Segundo ele, após o realinhamento do Atlas, o organismo reage em função dessa mudança e é comum que o corpo leve um tempo para restabelecer o equilíbrio.
A fonoaudióloga Sandra Mara de Almeira, 48 anos, se submeteu à terapia há dez meses. No caso dela, a queixa era de dor no joelho e no cotovelo. “Foi o fisioterapeuta cardiopata do meu pai que me indicou a técnica, sou muito aberta a terapias novas e resolvi tentar. Antes do Atlasprofilax eu tinha que usar uma palmilha para corrigir a pisada do pé. Eu pisava para dentro. Quando saí de lá, o terapeuta me disse que a palmilha não seria mais necessária e de fato, nunca mais usei. As dores acabaram. Eu também tinha uma perna meio centímetro menor que a outra e saí de lá com as duas do mesmo tamanho”, conta.
O fisioterapeuta Ricardo Fonseca salienta ainda que a posição errada do Atlas sobrecarrega as articulações e, por isso, ocasiona problemas mecânicos e de desequilíbrio do corpo. Além disso, esse desalinhamento provoca desequilíbrio da circulação cerebral e altera o sistema digestivo.
Entre as causas para o desalinhamento do Atlas estão as alterações genéticas, a má acomodação do bebê no útero, partos com uso de fórceps, o efeito chicote em acidentes de trânsito, quedas e golpes nas costas, sobre as nádegas e na cabeça. “É importante dizer que o método não tem manipulação agressiva, é uma terapia natural de vibropressão. A técnica complementar ao Atlasprofilax é a atividade física”, afirma Ricardo Fonseca.
O terapeuta explica que as mudanças podem acontecer em até 2 anos e em 15% dos casos os pacientes não relatam nenhuma melhora. As contraindicações são para pacientes que se submeteram a alguma cirurgia recentemente e grávidas.
O preço médio em Belo Horizonte da sessão de Atlasprofilax é de R$ 450.
Embasamento científico
O método desenvolvido pelo suíço René-Claudius Shümperli teve sua primeira comprovação científica em um estudo desenvolvido entre 2005 e 2009. Com o uso de tomografia computadoriza 2D e 3D, foram realizados exames de imagens de 115 pacientes. Em todos, o Atlas estava desalinhado. Uma sessão de Atlasprofilax foi realizada em cada um desses pacientes e, na sequência, os exames de imagem foram repetidos e mostraram a vértebra alinhada na totalidade do grupo. Esses pacientes foram acompanhados por 5 anos e, nesse tempo, não houve nenhuma modificação na posição do Atlas.
Entre 2007 e 2008, um novo estudo foi realizado na Colômbia com 900 pacientes com o Atlas desalinhado. De 538 pacientes com queixa de lombalgia, 78% relataram melhoria total, 11% melhoria notável e 11% sem melhoria. Outros 180 pacientes com enxaqueca ou cefaleia foram submetidos ao método e 6% não sentiram melhoram, 4% relataram melhora notável e 90% melhoria total. Nas situações de fibromialgia foram avaliadas 50 pessoas: 4% sem melhoria, 8% melhoria notável e 88% melhoria total. Nos casos da síndrome do túnel do Carpo, 147 pacientes foram acompanhados e 13% não apresentaram melhora, 4% tiveram melhoria notável e 83% melhoria total.
Cristiana Andrade, subeditora de Ciência e Saúde
"Tenho dor crônica na região lombar há 10 anos, fruto de má postura e treinamentos de corrida por alguns anos sem fortalecimento muscular. Há cerca de sete anos, fiz uma bateria de exames – tomografia, ressonância, raios-X – para tentar detectar algum problema na coluna e no quadril. Nada foi encontrado. Além de ouvir meia dúzia de ortopedistas, que me indicaram anti-inflamatórios e sessões de fisioterapia, recorri a uma fisioterapeuta que me ensinou exercícios de Mackenzie, método que, além de afastar a dor, ajuda nas crises. Mas nunca me dediquei com afinco, reconheço. Depois, fiz fisioterapia, massagens, acupuntura, pilates, yoga. Nada resolveu o incômodo, que ora fica na base da coluna, ora na nádega, muitas vezes chegando até o pé direito. A dor nunca foi intermitente por muitos dias. São gatilhos de dor. Se ando muito, durmo em colchão muito mole, fico horas de pé, me abaixo para frente, a dor surge. Como não sou muito de remédios, nunca tomei anti-inflamatórios para o problema sem diagnóstico. Eventualmente, um relaxante muscular. Depois de tantas tentativas e poucos acertos, parei de buscar explicação e passei a conviver com a dor. Mas confesso que é muito ruim, pois nunca sabemos se vamos acordar com dor, dar um mau jeito... se experimentarmos uma caminhada maior a dor vai surgir no meio da travessia... enfim. Convidada a experimentar a sessão do Atlas, fui com receio de ser uma panaceia. Nos testes, já ficou claro o desvio do Atlas e sempre soube de uma diferença no tamanho das minhas pernas, que vários especialistas diziam ser irrisória, mas que eu sempre acreditei ter influência na dor. Senti a tensão muscular presente no meu corpo durante a vibropressão e dor no lado onde meu Atlas estava desviado, e também uma dor de cabeça fininha. Essa dor se tornou fulminante durante o dia, a ponto de precisar de um remédio. Senti a região que recebeu a vibropressão dolorida por uns dois dias, mas uma coisa bem leve. Ao longo de uma semana, a dor lombar não apareceu, mesmo me fazendo de jardineira por um dia inteiro e tendo praticado uma série de exercícios que me trariam dor. Estou bastante impressionada positivamente, mas ainda em processo de avaliação do Atlasprofilax."
Mais informações: https://www.atlasprofilax.la
Apesar de recente, a técnica já coleciona alguns depoimentos positivos como o da médica Ethel Faria Costa Santiago, de 51 anos. “Chegou um folder na minha mão, achei interessante e fui pesquisar na internet. Li vários relatos em inglês e espanhol com respostas positivas para a solução da lombalgia e enxaqueca. Tenho enxaqueca crônica e passei por vários tratamentos que não funcionavam. Passei pelo procedimento em junho de 2015 e desde então não tive mais crise”, afirma a pediatra e gastroenterologia infantil.
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Entre os sintomas do Atlas desalinhado estão as dores de cabeça, dores na coluna, insônia, hérnia de disco, escoliose, perna curta funcional, dores no joelho, dormência nas mãos, bruxismo e fadiga crônica. Além disso, a disfunção dessa vértebra pode provocar rotação da pelve e alteração da postura global.
A abordagem do Atlasprofilax não atua diretamente na vértebra, mas na musculatura curta da nuca através de uma massagem neuro-muscular com o uso de um aparelho que desencadeia vibrações. Assim, as contraturas existentes ficam atenuadas e dão liberdade ao Atlas para voltar à sua posição original. “A técnica consiste em uma vibração intensa na região do pescoço que eu chamaria de ‘tsunami de vibrações’. Antes disso, o especialista faz várias medidas para descobrir se o Atlas está desalinhado para a direita ou para a esquerda. O procedimento é muito tranquilo e relaxante. No meu caso tive o que chamados na medicina de reflexo vagal, como se eu fosse desmaiar, mas passou rápido. Eu fiquei muito bem durante uma semana”, relata Ethel Faria Costa Santiago.
A médica narra, no entanto, que foi avisada pelo terapeuta que os sintomas da enxaqueca poderiam aparecer novamente. “Tive uma crise forte uns quinze dias depois da sessão, mas passou de repente. Um mês depois voltei para refazer as medidas e estava tudo no lugar”, conta. Ricardo Fonseca explica que esse é o processo de autocura que integra a abordagem no Atlasprofilax. Segundo ele, após o realinhamento do Atlas, o organismo reage em função dessa mudança e é comum que o corpo leve um tempo para restabelecer o equilíbrio.
A fonoaudióloga Sandra Mara de Almeira, 48 anos, se submeteu à terapia há dez meses. No caso dela, a queixa era de dor no joelho e no cotovelo. “Foi o fisioterapeuta cardiopata do meu pai que me indicou a técnica, sou muito aberta a terapias novas e resolvi tentar. Antes do Atlasprofilax eu tinha que usar uma palmilha para corrigir a pisada do pé. Eu pisava para dentro. Quando saí de lá, o terapeuta me disse que a palmilha não seria mais necessária e de fato, nunca mais usei. As dores acabaram. Eu também tinha uma perna meio centímetro menor que a outra e saí de lá com as duas do mesmo tamanho”, conta.
O fisioterapeuta Ricardo Fonseca salienta ainda que a posição errada do Atlas sobrecarrega as articulações e, por isso, ocasiona problemas mecânicos e de desequilíbrio do corpo. Além disso, esse desalinhamento provoca desequilíbrio da circulação cerebral e altera o sistema digestivo.
Entre as causas para o desalinhamento do Atlas estão as alterações genéticas, a má acomodação do bebê no útero, partos com uso de fórceps, o efeito chicote em acidentes de trânsito, quedas e golpes nas costas, sobre as nádegas e na cabeça. “É importante dizer que o método não tem manipulação agressiva, é uma terapia natural de vibropressão. A técnica complementar ao Atlasprofilax é a atividade física”, afirma Ricardo Fonseca.
O terapeuta explica que as mudanças podem acontecer em até 2 anos e em 15% dos casos os pacientes não relatam nenhuma melhora. As contraindicações são para pacientes que se submeteram a alguma cirurgia recentemente e grávidas.
O preço médio em Belo Horizonte da sessão de Atlasprofilax é de R$ 450.
Embasamento científico
O método desenvolvido pelo suíço René-Claudius Shümperli teve sua primeira comprovação científica em um estudo desenvolvido entre 2005 e 2009. Com o uso de tomografia computadoriza 2D e 3D, foram realizados exames de imagens de 115 pacientes. Em todos, o Atlas estava desalinhado. Uma sessão de Atlasprofilax foi realizada em cada um desses pacientes e, na sequência, os exames de imagem foram repetidos e mostraram a vértebra alinhada na totalidade do grupo. Esses pacientes foram acompanhados por 5 anos e, nesse tempo, não houve nenhuma modificação na posição do Atlas.
Entre 2007 e 2008, um novo estudo foi realizado na Colômbia com 900 pacientes com o Atlas desalinhado. De 538 pacientes com queixa de lombalgia, 78% relataram melhoria total, 11% melhoria notável e 11% sem melhoria. Outros 180 pacientes com enxaqueca ou cefaleia foram submetidos ao método e 6% não sentiram melhoram, 4% relataram melhora notável e 90% melhoria total. Nas situações de fibromialgia foram avaliadas 50 pessoas: 4% sem melhoria, 8% melhoria notável e 88% melhoria total. Nos casos da síndrome do túnel do Carpo, 147 pacientes foram acompanhados e 13% não apresentaram melhora, 4% tiveram melhoria notável e 83% melhoria total.
Cristiana Andrade, subeditora de Ciência e Saúde
"Tenho dor crônica na região lombar há 10 anos, fruto de má postura e treinamentos de corrida por alguns anos sem fortalecimento muscular. Há cerca de sete anos, fiz uma bateria de exames – tomografia, ressonância, raios-X – para tentar detectar algum problema na coluna e no quadril. Nada foi encontrado. Além de ouvir meia dúzia de ortopedistas, que me indicaram anti-inflamatórios e sessões de fisioterapia, recorri a uma fisioterapeuta que me ensinou exercícios de Mackenzie, método que, além de afastar a dor, ajuda nas crises. Mas nunca me dediquei com afinco, reconheço. Depois, fiz fisioterapia, massagens, acupuntura, pilates, yoga. Nada resolveu o incômodo, que ora fica na base da coluna, ora na nádega, muitas vezes chegando até o pé direito. A dor nunca foi intermitente por muitos dias. São gatilhos de dor. Se ando muito, durmo em colchão muito mole, fico horas de pé, me abaixo para frente, a dor surge. Como não sou muito de remédios, nunca tomei anti-inflamatórios para o problema sem diagnóstico. Eventualmente, um relaxante muscular. Depois de tantas tentativas e poucos acertos, parei de buscar explicação e passei a conviver com a dor. Mas confesso que é muito ruim, pois nunca sabemos se vamos acordar com dor, dar um mau jeito... se experimentarmos uma caminhada maior a dor vai surgir no meio da travessia... enfim. Convidada a experimentar a sessão do Atlas, fui com receio de ser uma panaceia. Nos testes, já ficou claro o desvio do Atlas e sempre soube de uma diferença no tamanho das minhas pernas, que vários especialistas diziam ser irrisória, mas que eu sempre acreditei ter influência na dor. Senti a tensão muscular presente no meu corpo durante a vibropressão e dor no lado onde meu Atlas estava desviado, e também uma dor de cabeça fininha. Essa dor se tornou fulminante durante o dia, a ponto de precisar de um remédio. Senti a região que recebeu a vibropressão dolorida por uns dois dias, mas uma coisa bem leve. Ao longo de uma semana, a dor lombar não apareceu, mesmo me fazendo de jardineira por um dia inteiro e tendo praticado uma série de exercícios que me trariam dor. Estou bastante impressionada positivamente, mas ainda em processo de avaliação do Atlasprofilax."
Mais informações: https://www.atlasprofilax.la