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A especialista explica ainda que não existe fonte “certa” de proteína — tudo depende da preferência da pessoa, da rotina dela e da existência ou não de intolerâncias. “Há os que preferem suplementos proteicos; os que valorizam as proteínas de origem animal in natura; os que não abrem mão de grandes quantidades de ovos e leite; e, ainda, os que fogem disso tudo e preferem soja e outras proteínas de origem vegetal. Todas são fontes adequadas de proteínas”, garante Paloma.
Já a nutricionista Nathalia Camarço esclarece que os suplementos alimentares industrializados foram pensados para os atletas, donos de necessidades alimentares diferentes das dos sedentários. Ela chama a atenção para o fato de que os suplementos não estão aptos a substituir refeições. Como o nome diz, trata-se de um plus na dieta — algo a que se deve recorrer apenas quando a alimentação rotineira não é suficiente.
Dona de uma rotina agitada, médica Fernanda Tavela, 29 anos, se desdobra para conciliar plantões, academia e cuidados com seu cachorro. Ela conta que já chegou a usar suplementos proteicos, mas hoje segue uma dieta personalizada, que varia de acordo com as exigências do dia. Há mais de um ano, Fernanda é acompanhada de perto pela nutróloga Ana Caroline Jacobs. A profissional explica que a grande vantagem da suplementação à base de alimentos é a economia. Afinal, os suplementos industrializados são bastante caros.
Fernanda relata que percebeu mais progressos com os ajustes na dieta do que com o uso dos suplementos proteicos. “Com eles, emagreci 2kg. Agora, com acompanhamento nutricional, perdi 10kg”, comemora. Caroline Jacobs explica que, antes da malhação, é importante consumir carboidratos complexos, ou seja, aqueles que são absorvidos mais lentamente, como os provenientes da batata-doce. Para o pós-academia, a nutróloga indica carboidratos de absorção rápida, como aqueles encontrados no arroz branco.
Nathalia Camarço garante que as receitas com alimentos naturais dificilmente ultrapassam o valor necessário de nutrientes. Esse não é o caso dos suplementos industrializados. Além disso, segundo a nutróloga Paloma Carvalho, os produtos industrializados trazem aditivos químicos, como corantes e adoçantes artificiais. Irregularidades na rotulagem também são constantemente apontadas pela Anvisa.
Apesar das inúmeras vantagens de seguir com uma dieta natural, há casos em que é necessário o uso dos produtos industrializados. Ocorre, por exemplo, com os fisiculturistas, que têm uma necessidade elevadíssima de ingestão calórica. Sem suplementos, eles teriam de ingerir uma enorme quantidade de alimentos para alcançar seus objetivos, o que poderia provocar incômodos gástricos e até danos intestinais.
É importante ressaltar que a alimentação pré-treino não substitui as principais refeições do dia. “Na maioria dos casos, uma boa alimentação com receitas envolvendo hortaliças, leguminosas, grãos, sementes e termogênicos naturais, como o gengibre e a canela, é o suficiente para garantir a estética e o desempenho desejado no cotidiano e nos esportes”, explica Nathalia Camarço.
"Uma boa alimentação com receitas envolvendo hortaliças, leguminosas, grãos, sementes e termogênicos naturais, como o gengibre e a canela, é o suficiente para garantir a estética e o desempenho desejado no cotidiano e nos esportes”
Nathalia Camarço, nutricionista
Monte seu cardápio
A suplementação caseira consiste em incluir na dieta diária uma combinação de alimentos naturais com elevado valor proteico, muitas fibras, gordura boa, carboidratos de baixo índice glicêmico e micronutrientes (vitaminas e minerais).
Apenas um profissional de nutrição está habilitado a identificar as eventuais carências alimentares a serem supridas.
Exemplos de fontes vegetais
- Cereais integrais (quinoa, milho, trigo, aveia etc.)
- Verdura
- Legumes (feijão, soja, grão-de-bico, amendoim etc.)
- Sementes (linhaça e gergelim)
- Algas e oleaginosas (castanhas, amêndoas, nozes etc.)
- Ovos
- Queijos
- Laticínios
- Carne bovina
- Frango
- Peixes.
Fonte: Nutróloga Esportiva Paloma Carvalho.