Segundo a Sociedade Brasileira de Alimentação e Nutrição (SBAN), estima-se que aproximadamente 22% da população brasileira tenha intolerância à lactose. Então, por que tantas pessoas ainda se apavoram e excluem os lácteos da dieta de forma desnecessária?
» Uma reação alérgica é sempre mediada pelo sistema imunológico. Os casos de alergias alimentares são quase sempre mediados pela imunoglobina da classe E (IgE), relacionada às proteínas, que por sua vez podem ser de origem animal (caso de alergia ao ovo, por exemplo) ou origem vegetal (alergia ao amendoim ou trigo, por exemplo) e podem causar manifestações cutâneas ou digestivas.
» As reações de intolerância estão quase sempre relacionadas à não assimilação de um carboidrato pelo organismo. As pessoas que têm intolerância à lactose apresentam uma deficiência (que pode ser total ou parcial) da enzima lactase, que atua na digestão da lactose.
» Não existe alergia à lactose. A lactose é o açúcar do leite, um carboidrato (dissacarídeo) composto por glicose e galactose, e que fornece energia ao corpo. Considerando que são as proteínas as responsáveis por desencadear respostas imunológicas, a lactose não está, portanto, relacionada a nenhum processo alérgico,
apenas à intolerância.
» Inchaço e dor abdominal nem sempre significam intolerância à lactose. Os sintomas mais comuns são inchaço associado ao desconforto ou dor abdominal (cólicas) e diarreia, que pode se manifestar de forma leve e até mesmo de forma grave. Importante destacar que em qualquer processo digestivo um inchaço leve é normal e faz parte do processo, uma vez que há aumento do volume do estômago pela própria presença do alimento e também produção de gases decorrentes de fermentação de alguns nutrientes pela microbiota intestinal.
» Europeus e africanos têm maior tolerância à lactose. Uma equipe de geneticistas da Universidade de Maryland, EUA, estudou uma nova abordagem em que a tolerância à lactose pode ser vista como uma evolução genética da espécie humana, observada em povos europeus e recentemente identificada também nos africanos. Acredita-se que a permanência do gene da lactase ativo seria uma evolução da espécie, uma vez que houve a necessidade de manter a lactase ativa para digerir o leite, alimento que começou a ser ingerido pelo homem em todas as fases de
sua vida após o advento da pecuária, há aproximadamente nove mil anos.
saiba mais
Exame de DNA pode encurtar tempo para descobrir intolerância à lactose de pacientes
Cerca de 40% da população brasileira têm intolerância à lactose
No país campeão de cirurgia íntima, mulheres contam suas histórias
Comum na terceira idade, surgimento da osteoporose pode ser adiado com cuidados alimentares e suplementação
Especialista dá 10 dicas para evitar a osteoporose na velhice
OSSOS FORTES E BEM NUTRIDOS
Esta semana tem campanha de conscientização contra a osteoporose. Estimativas apontam que 10 milhões de brasileiros sofram da doença, que atinge a estrutura óssea. A maior vítima é a mulher e uma a cada três, com idade acima de 50 anos, entra para a estimativa do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatísticas (IBGE). Segundo o fisioterapeuta Rogério Celso Ferreira, da Fisior Hidroterapia, em Belo Horizonte, a osteoporose é doença óssea sistêmica que se caracteriza por uma diminuição da densidade mineral, pela alteração da microarquitetura e da resistência óssea, o que causa mais fragilidade aos ossos e, consequentemente, mais chances de fraturas. “Setenta e cinco por cento das pessoas com a doença só a descobrem após sofrer alguma fratura. No país, são contabilizados 2,4 milhões de fraturas e, como consequência, 200 mil mortes. Os ossos mais afetados são fêmur, coluna vertebral, ombros e punhos. Outro dado grave é que uma em cada quatro fraturas recebe o tratamento adequado”, alerta o fisioterapeuta. Para prevenir a doença é importante ter alimentação rica em minerais, exposição ao sol durante 15 a 20 minutos para a liberação da vitamina D no organismo e praticar atividade física. Quando se tem a osteoporose, o ideal é realizar atividades que promovam uma melhora no equilíbrio, força muscular e condicionamento físico, para que sejam evitadas fraturas.
Consumo de ovos
O mês do idoso é também um importante momento para ampliar o debate sobre os cuidados que essa fase da vida necessita. Com o passar dos anos, naturalmente ocorrem alterações fisiológicas no corpo, como diminuição da absorção de cálcio, da biodisponibilidade de produção de vitamina D pela pele e, consequentemente, redução da massa óssea e magra. É importante ressaltar que, segundo estudos, a necessidade diária de ingestão proteica dos idosos é equivalente à dos mais jovens. “O ovo, no caso, é um alimento fonte de proteína e pode perfeitamente contribuir com uma alimentação nutritiva, evitando a perda de massa magra e o surgimento de doenças ósseas”, afirma a nutricionista do Instituto Ovos Brasil Lúcia Endriukaite. Além de proteínas, o ovo é composto de zinco, potássio, ferro, ácido fólico e um dos poucos alimentos que tem vitamina D, substância responsável pelo equilíbrio do organismo, e vitamina K, que auxilia no processo de coagulação do sangue.
DOENÇA CELÍACA
A doença celíaca – que impede a pessoa de consumir alimentos com glúten, como produtos com trigo, aveia, cevada – tem sido diagnosticada nas mulheres na proporção de duas para cada homem. Embora os sintomas intestinais ainda sejam os principais alertas para o diagnóstico da doença no Brasil, muitos outros sintomas não clássicos podem se manifestar e tornam a descoberta da doença complexa. Por isso, é importante estar atenta a alguns alertas enviados pelo corpo feminino, como distúrbios no ciclo menstrual, osteoporose e até mesmo infertilidade. Além de mais propensas a desenvolver a doença, as mulheres também costumam procurar um diagnóstico para seus problemas de saúde antes que os homens. Um motivo a mais para o número de diagnósticos ser maior no público feminino. O mesmo ocorre com a síndrome do intestino irritável. A incidência em mulheres é de uma vez e meia até três vezes maior do que
nos homens. Internacionalmente, estima-se que 14% das mulheres e 8,9% dos homens apresentam a síndrome do intestino irritável.
Cirurgia íntima
O Brasil está em primeiro lugar no número de cirurgias íntimas, de acordo com a Sociedade Internacional de Cirurgia Plástica Estética (Isaps). Mas, afinal, por que algumas mulheres recorrem ao procedimento? Segundo Roger Vieira, membro da Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica (SBCP), estética e correção são as principais motivações, em ambos os casos, como busca pela recuperação da autoestima. Para o cirurgião, a quebra de tabus e a disseminação da nudez artística contribuíram para o aumento da procura pelo procedimento. Existem diferentes tipos de correções, dependendo do quadro do paciente. O médico explica que, durante a puberdade, pode ocorrer um desenvolvimento anormal dos pequenos lábios vaginais, levando a um aumento desproporcional em relação aos grandes lábios. Desconforto com o tamanho, formato e coloração dos pequenos lábios, constrangimento ao usar roupas justas ou trajes de banho são motivações comuns para recorrer ao procedimento cirúrgico.
Homeopatia FAO
O Centro de Atividades Integrarte, através da médica homeopata Audrey Lemos, realiza consultas em homeopatia FAO, uma nova modalidade da homeopatia clássica que visa equilibrar os chacras (centros de energia) para restaurar o equilíbrio do organismo. Informações: (31) 3227-9829.