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A tuberculose é provocada pelo bacilo de Koch, que na maioria dos casos se aloja nos pulmões, destruindo o órgão gradativamente. Dois em cada cinco infectados não foram diagnosticados, e por isso podem espalhar a doença, transmitida por via aérea. Além disso, 500 mil pessoas têm formas de tuberculose resistentes aos antibióticos, segundo o informe.
Para a ONG Médicos sem Fronteiras, o documento “é um chamado de atenção para mudar o status quo na forma de diagnosticar e tratar a tuberculose e suas formas resistentes”.
Índia subestimada As cifras sobre as dimensões da epidemia foram revistas para cima essencialmente porque os pesquisadores se deram conta de que as estimativas da Índia, entre 2000 e 2015, eram muito baixas. Seis países representam 60% dos novos casos: Índia, Indonésia, China, Nigéria, Paquistão e África do Sul. Habitualmente vinculada à pobreza e a condições insalubres, a tuberculose continua sendo uma das principais doenças mortais do mundo, embora em um período de 15 anos o número de mortes tenha caído 22%. No entanto, para alcançar os objetivos estabelecidos pela comunidade internacional, as infecções teriam que diminuir entre 4% e 5% por ano, três vezes mais rápido do que diminuem atualmente.
A escassez de recursos também é um problema crônico no combate à doença. Entre 2005 e 2014, os fundos disponíveis alcançaram apenas US$ 700 milhões por ano. São necessários US$ 2 bilhões para a pesquisa e o desenvolvimento de tratamentos antituberculosos, segundo a OMS. É necessário “incrementar o investimento agora ou simplesmente não conseguiremos erradicar uma das doenças mais antigas e mais mortais do mundo”, disse Ariel Pablos-Mendez, um dos encarregados da agência americana para o desenvolvimento internacional (Usaid).