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Os resultados desse trabalho, divulgados na revista médica americana New England Journal of Medicine, colocam em evidência a existência de uma correlação entre uma infecção pelo vírus da zika e a síndrome de Guillain-Barré, doença neurológica autoimune, em um número significativo de pacientes atingidos pela doença, concluíram os pesquisadores.
Os dados epidemiológicos sugerem há muito tempo que existe um vínculo estreito entre a crescente frequência de casos de infecção pelo zika e a multiplicação do número de pessoas que sofrem da síndrome Guillain-Barré.
"No início da onda de zika na América do Sul, meus colegas na Colômbia me contactaram porque estavam preocupados com o aumento do número de pacientes com complicações neurológicas em seus hospitais", explica o médico Carlos Pardo, que conduziu a pesquisa e é professor adjunto de neurologia e patologia na Faculdade de Medicina da Universidade Johns Hopkins, em Baltimore.
A síndrome de Guillain-Barré se desenvolve após uma infecção como a gripe, que debilita o sistema imunológico. Ele começa a atacar as bainhas e mielina que protegem as células nervosas. Os sintomas são fraqueza muscular, dores e diminuição da sensibilidade, seguida em alguns casos de paralisia.
A síndrome atinge entre uma e duas pessoas de cada 100.000 infeções, mas os cientistas ainda não sabem porque algumas são atingidas e outras não.