Anisometropia é mais comum na terceira idade, mas pode chegar mais cedo e afetar até as crianças

Especialmente a partir dos 70 anos, é muito comum que os olhos apresentem problemas de visão com graus bem diferentes.

por Renata Rusky 22/09/2016 07:40
Quando um idoso cai com frequência, a primeira suspeita é de que os ossos ou os músculos estejam fracos. Quando o bebê esbarra nas coisas repetidamente, imagina-se que ainda lhe falte precisão ao andar, ou que só esteja distraído, ou com sono. O que quase não se imagina é que tanto tropeço pode ser um problema de visão. O ideal é que bebês, crianças e adultos com mais de 40 anos consultem um oftalmologista anualmente. Adultos entre 18 e 40 anos devem ir a esse especialista a cada dois anos.

Segundo o oftalmologista Renato Augusto Neves, um terço das pessoas apresentam diferença expressiva de grau entre os olhos depois dos 70 anos. O quadro ganhou o nome de anisometropia e pode ser identificado nos casos de miopia, hipermetropia e astigmatismo. Estudo divulgado no jornal científico inglês Optometry and Vision Science definiu, inclusive, que a anisometropia é uma das grandes responsáveis por quedas de idosos.

Um grau de diferença entre os dois olhos é suficiente para ser considerado anisometropia e já pode gerar problemas. Em crianças, isso pode comprometer ainda mais o olho com mais grau. A Organização Mundial de saúde (OMS) estima que 7,5 milhões dos meninos e meninas em idade escolar tenham algum problema de visão. Apenas 25% deles, porém, apresentam sintomas, ainda que os casos específicos de anisometropia em crianças não passe de 5%. Como a visão é essencial para o processo de aprendizagem, é importante ficar atento.

Valdo Virgo / CB / D.A Press
Clique na imagem para ampliá-la e saiba mais (foto: Valdo Virgo / CB / D.A Press)