Para ratificar o estudo, eles realizaram uma avaliação de ansiedade, chamada IDATE. O instrumento apresenta uma escala de ansiedade relacionada a uma situação de adversidade momentânea, denominada ansiedade-estado. Já a ansiedade com um aspecto mais instável na personalidade dos voluntários chama-se ansiedade-traço.
Entre os entrevistados, 64,92% convivem com animais de estimação e 77,03% do total foram identificados com ansiedade moderada. Durante a análise, foi comprovado ainda que a ansiedade-estado é menor nos voluntários que relataram conviver com algum animal de estimação, em relação àqueles que não possuem ou convivem com os bichinhos.
O fato de a ansiedade ser menor em universitários que convivem com animais mostra a grande influência positiva que eles exercem sobre a ansiedade de seus donos. Os benefícios deste convívio, segundo a pesquisa, são inúmeros, tais como estimulação da memória, aumento da autoestima, melhora no humor cotidiano, diminuição da pressão arterial sanguínea e do colesterol.
A ansiedade é comum em universitários devido a uma grande carga de estresse a que são submetidos, com longas horas de estudo e exigências acadêmicas, pessoais e familiares.
Karielly Amaral, 21 anos, autora principal do estudo, diz que a ideia do tema surgiu após perceber que seus colegas estavam sofrendo com ansiedade devido aos trabalhos da faculdade.
“Muita gente que não tinha um animal de estimação agora quer ter, por causa dos resultados do estudo”, explica a estudante de Ciências Agrárias, que está se especializando em Veterinária.
A autora afirma que a pesquisa será muito proveitosa no futuro para ajudar universitários e adoção de animais. “Psicólogos e animais podem ajudar no problema”, conclui.