"Outra observação importante é que as associações de qualidade da dieta com o nível de leitura também foram independentes de muitos fatores de confusão, como o status socioeconômico, a prática de atividade física, a adiposidade corporal e a aptidão física", ressaltou, em comunicado, Eero Haapala, participante do estudo. Os voluntários foram acompanhados do primeiro ao terceiro anos na escola. Os cientistas observaram a qualidade do que os pequenos ingeriam diariamente e recorreram a testes para avaliar as competências acadêmicas deles.
Escolheu-se como referência a dieta nórdica, comum nos países do norte da Europa. Quanto mais rica a alimentação nesse padrão - em vegetais, frutas, peixes, grãos inteiros e gorduras insaturadas - melhor foi o desempenho em leitura detectado, como avanço na fluência (aumento da pontuação em torno de 10% a 20%) e na compreensão textual (aumento da pontuação de 14% a 38%). O estudo também detectou que as associações positivas da qualidade da alimentação interferiram nos níveis mais complexos de leitura.
"Uma dieta saudável parece ser um fator importante no apoio à aprendizagem e no desempenho acadêmico em crianças. Ao fazer escolhas saudáveis em cada refeição, pode-se promover uma dieta saudável e melhorar a qualidade da aprendizagem", ressaltaram os autores.
10% a 20%
Aumento da pontuação da fluência na leitura entre
crianças que seguem a dieta nórdica
Aumento da pontuação da fluência na leitura entre
crianças que seguem a dieta nórdica
14% a 38%
Aumento da pontuação na compreensão textual entre crianças que seguem a
dieta nórdica
. Aumento da pontuação na compreensão textual entre crianças que seguem a
dieta nórdica