É quase consenso entre os profissionais da área: a boa cirurgia plástica é aquela que passa despercebida. “O ideal é que uma pessoa que o conhece há muito tempo perceba que você está mais bonita, mais alegre, mas não consiga identificar bem o porquê”, explica o cirurgião plástico Sérgio Morum. Muitas vezes, no entanto, o que vemos são rostos que ficaram desarmônicos, com retoques exagerados.
Cláudia Cruz, mulher de Eduardo Cunha, ex-presidente da Câmara dos Deputados, sofre críticas por causa do olhar assustado, frequentemente associado à consequência de uma cirurgia malfeita. Outro caso sempre comentado é de Kylie Jenner. Recentemente, a socialite admitiu ter ido longe demais em seus preenchimentos labiais. Ela chegou a dizer que, se continuasse naquele ritmo, viraria atração do programa Botched, da tevê americana, famoso por mostrar plásticas que deram errado.
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O botox tem prazo de validade e vai perdendo o efeito com o tempo. Portanto, é comum algumas pessoas ficarem neuróticas a respeito, achando que as rugas já estão de volta, quando o produto ainda está efetivo. Botox em cima de botox tende a deixar o paciente sem expressão.
Já para os lábios, nunca se usa botox.
Os tipos de produto fazem diferença. O ideal é sempre usar aqueles que podem ser absorvidos pelo organismo — isso garante que, em caso de arrependimento, os lábios voltem ao normal. Também é interessante preencher aos poucos, em várias sessões.
Sorriso em dia
- À medida que envelhecemos, é na parte superior do rosto (testa e sobrancelhas) que aparecem as primeiras mudanças. Há várias técnicas para solucionar isso, entre elas, o botox e o lifting. Seja qual for a abordagem escohida, a cirurgiã Ivanoska Silveira explica que, se o paciente gosta da sobrancelha mais levantada, não se deve subir todo o supercílio, mas só a cauda da sobrancelha. Isso dá um aspecto jovial. “Subir toda a sobrancelha pode resultar em um visual assustado”, pondera.
- Algumas pessoas sofrem de distorção da autoimagem, doença conhecida como dismorfia corporal. O indivíduo não se enxerga como é — pode se vê como obeso quando, na verdade, é magro. Por isso, recorre à cirurgia plástica, quando deveria procurar auxílio psicológico. O cirugião Sérgio Morum conta que já aconteceu de uma mulher negra ir à consulta levando uma Barbie consigo. “Ela queria o corpo e o nariz da boneca. As mudanças seriam muito radicais”, relata. O cirurgião conversou com a paciente, explicou que o resultado não ficaria natural e recusou o trabalho, pois acredita que é função dos médicos estabelecer limites quando a intervenção desejada é drástica.