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A doença se divide em dois grupos: Hodgkin e não-Hodgkin. O primeiro é menos comum, atinge jovens entre 15 e 30 anos, e tem maior chance de cura. O segundo é mais prevalente, correspondendo a cerca de 80% de todos os casos da doença, e está mais relacionado ao avanço da idade.
A doença ganhou os holofotes no mês de junho, quando o ator Edson Celulari revelou estar lutando contra um linfoma não-Hodgkin. Outras personalidades já receberam o mesmo diagnóstico, como a presidente afastada Dilma Rousseff, o também ator Reynaldo Gianecchini e Luiz Fernando Pezão, governador do Rio. A estimativa é de que 10.240 brasileiros tenham a doença em 2016.
"São mais de 40 tipos de linfoma. Sabemos que alguns casos podem estar relacionados com determinados tipos de vírus ou bactérias, mas, na maioria das vezes, não se sabe exatamente o gatilho. O que sabemos é que o envelhecimento é um dos principais fatores de risco", explica Nelson Hamerschlak, coordenador médico do setor de hematologia do Hospital Israelita Albert Einstein e membro do comitê médico da Associação Brasileira de Linfoma e Leucemia (Abrale).
Como não há forma de prevenção para a maior parte dos linfomas, o médico alerta para a importância da detecção precoce. "Os principais sintomas são aumento de ínguas, febre, emagrecimento e sudorese noturna. Alguns pacientes também apresentam tosse. O quanto antes o tratamento for iniciado, menos intenso ele será e melhores resultados serão alcançados", diz o especialista.