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O instituto Spallanzani, especializado em doenças infecciosas, analisou uma série de amostras do paciente já em bom estado de saúde. A análise detectou que, 91 dias depois dos primeiros sintomas, o vírus seguia presente na urina, na saliva e no esperma. No 134º dia, apenas o esperma ainda apresentava resultado positivo.
No 188º dia, ou seja, seis meses depois dos primeiros sintomas, "a amostra de esperma seguia dando positivo", anunciou o instituto, ressaltando que o jovem não sofria de nenhuma doença crônica ou deficiência imunitária. Durante todo este período, o paciente utilizou preservativos nas relações sexuais com sua esposa que, por sua vez, deu negativo para zika.
O vírus é particularmente perigoso para as mulheres grávidas, já que pode causar danos permanentes ao feto em desenvolvimento, incluindo a microcefalia, uma malformação congênita na qual o bebê nasce com o crânio e o cérebro menores que a média. Frequentemente é transmitido pela picada do mosquito Aedes aegypti, mas também em relações sexuais ou por contato com sangue contaminado. Os resultados deste estudo "ressaltam a necessidade de recomendar aos pacientes afetados que se abstenham de manter relações sexuais ou que utilizem preservativos por ao menos seis meses", insistem os autores.
Os sintomas mais frequentes são erupções cutâneas e dores articulares e musculares. Mas, levando-se em conta que a infecção passa desapercebida em 80% dos casos, os autores do estudo sugerem instaurar testes sistemáticos em amostras armazenadas em bancos de esperma. Segundo o comunicado do instituto, a Itália registrou 61 casos de infecção por zika, todos eles de pessoas que voltaram de viagens nos países afetados.