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"A endometriose não é tão conhecida quanto outras doenças. Há informações disponíveis, mas elas costumam estar dispersas ou em linguagem inacessível. Além disso, é difícil para o público ter certeza se o que está lendo é confiável ou não. A proposta do livro é justamente sanar essas dúvidas", afirma.
A endometriose é um processo inflamatório decorrente do crescimento das células do endométrio, que reveste o interior do útero, em outras regiões do organismo. Diversos órgãos do sistema reprodutivo e até mesmo o intestino e a bexiga podem ser acometidos. Pode causar cólicas menstruais intensas e dor nas relações sexuais, bem como ao evacuar e urinar. A infertilidade é outra queixa bastante comum
Diagnóstico e tratamento
O diagnóstico é possível na maioria das vezes pela ressonância magnética ou a ultrassonografia com preparo intestinal. Infelizmente, a não valorização dos sintomas pelos profissionais de saúde e o desconhecimento sobre a doença fazem com que muitas portadoras convivam com os sintomas por 8 a 10 anos até descobri-los.
Se a análise clínica e por imagem sugerir endometriose, o tratamento pode ser feito inicialmente com contraceptivos hormonais de uso contínuo, modalidade eficaz porque as dores são mais intensas no período menstrual. As mulheres que não responderem positivamente, contudo, devem ser submetidas à laparoscopia, procedimento cirúrgico minimamente invasivo que permite a retirada completa dos focos.
"A vontade de engravidar é outro aspecto importante. Aquelas que desejam ter filhos têm duas alternativas: a cirurgia por laparoscopia ou a fertilização in vitro, especialmente indicada quando a doença não é muito extensa e a paciente não sentir dores", complementa Marco Aurelio
Dicas
Embora não seja possível evitar a endometriose, existem estratégias capazes de reduzir as chances de a doença se desenvolver e agravar. Adotar uma dieta balanceada é uma delas. Veja algumas orientações presentes no livro:
1) Para cozinhar, substitua óleos hidrogenados por óleo de coco extra-virgem.
2) Substitua sal comum por sal marinho.
3) Evite temperos prontos e sucos de caixinha
4) Prefira frutas inteiras a sucos naturais. Se consumida sem as fibras, a frutose aumenta o estresse oxidativo do corpo, o colesterol, os triglicerídeos e a resistência à insulina ? o que pode alterar o metabolismo da glicose.
5) Reduza açúcares e farinhas brancas.
6) Evite adoçantes. A stevia (planta com capacidade adoçante) pode ser usada.
7) Priorize alimentos que minimizam a resposta inflamatória do organismo, como: hortaliças, carnes magras, atum, salmão, bacalhau, ovos, queijo cottage, azeite de oliva e óleo de coco, feijões, sementes de girassol/abóbora/linhaça, amêndoas (sem sal), castanhas do pará e de caju, abacate, limão, uva e goiaba