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Os pacientes que participaram da pesquisa tinham em média 66 anos de idade, e sua evolução clínica foi acompanhada durante períodos de entre dois e sete anos após a transfusão. Os resultados mostraram que os pacientes que receberam glóbulos vermelhos de mulheres doadoras tinham um risco 8% maior de morrer de qualquer causa, em comparação com os que receberam glóbulos vermelhos de de homens doadores, apontou o estudo.
Os cientistas descobriram que os doentes que receberam glóbulos vermelhos de doadores de entre 17 e 20 anos de ambos os sexos apresentaram um aumento também de 8% no risco de morte, em relação aos pacientes que receberam glóbulos vermelhos de doadores de entre 40 e 50 anos. Para os pacientes que receberam sangue de doadores de entre 20 e 30 anos, o risco de morte foi 6% maior.
Mas como o estudo foi puramente observacional, os pesquisadores não puderam provar uma relação de causa e efeito entre o sexo e a idade dos doadores e o risco de morte para os pacientes, e afirmaram que são necessárias mais pesquisas para compreender esses resultados.
O estudo, portanto, "não pode ser considerado como uma evidência definitiva", alertou Dean Ferguson, um dos principais autores da pesquisa e diretor do programa de epidemiologia clínica do Hospital de Ottawa, onde foram feitas as análises das transfusões entre 2006 e 2013.
Enquanto isso, os especialistas continuam urgindo que todas as pessoas que preencham os requisitos doem sangue.