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As fitas de glicemia são usadas por pacientes diabéticos para medir a glicose e, com o resultado, dosar a quantidade de insulina a ser aplicada. Sem o teste, os riscos aumentam. “Se o diabético usar mais insulina que o necessário, pode ter hipoglicemia e até entrar em coma. Se não medir a glicemia, acaba não aplicando, o que eleva os riscos de complicações da doença”, afirma o presidente da Sociedade Brasileira de Endocrinologia em Minas, Márcio Lauria.
Na nota técnica, a Secretaria Municipal informa que a nova norma já está valendo. Com isso, orienta que os demais usuários das fitas recorram às unidades de saúde para a realização da glicemia, “quando necessário”. “Esclarecemos que essa situação é temporária, e a SMSA está se esforçando para regularizar o estoque e retomar o fornecimento, por meio de articulação com a SES e/ou processo direto de compra. “Cada fita custa em torno de R$ 2 e os pacientes têm que usá-las de seis a oito vezes ao dia. Então, o custo fica muito alto. Muitos dependem do repasse da Secretaria”, comenta Márcio Lauria.
Por meio de nota, a SES informou que na primeira programação de medicamentos básicos de 2016 Belo Horizonte solicitou 3.406.400 unidades do produto, totalizando R$ 1.226.304,00, “o que correspondeu a todo o valor investido em tiras reagentes para o município no ano de 2016, sendo atendido pela SES-MG em 100% do quantitativo solicitado”. Ressaltou ainda que atendeu “a todos os municípios mineiros no quantitativo solicitado de tiras reagentes, em conformidade com a legislação vigente”. Segundo a SMSA, entretanto, o volume de tiras adquiridas é insuficiente para a demanda da capital, cujo consumo médio mensal é de aproximadamente 1 milhão de fitas.