A doença age no cérebro atacando um grupo específico de neurônios, o que provoca uma perda progressiva da função muscular. As funções cognitivas, porém, se mantêm intactas, fazendo com que os portadores da doença se sintam presos no próprio corpo. "Acredito que a cura da ELA vai chegar antes da do Alzheimer e a do Parkinson", disse Claudio Hetz, diretor do Instituto Milênio de Neurociência Biomédica (BNI), em uma coletiva de imprensa, nesta sexta-feira, em Santiago.
A equipe de pesquisadores liderada por Hetz está testando uma terapia genética para estabilizar a homeostase (equilíbrio) de certas proteínas que falham no cérebro, gerando a deterioração que provoca a ELA. "Alguns experimentos realizados em roedores já mostraram um grande aumento na sua expectativa de vida e melhora da mobilidade. Trata-se de uma descoberta de relevância internacional, visto que até hoje não existe cura para este mal", afirmou Claudio Hetz, acadêmico da Universidade do Chile.
Ao mesmo tempo, o pesquisadores estão trabalhando no desenvolvimento de um medicamento para melhorar a mobilidade dos pacientes afetados. "Estamos desenvolvendo novos fármacos para atacar o problema do dano celular na ELA.
O médico Robert Brown, da Universidade de Massachusetts, que descobriu o primeiro gene envolvido nessa doença, está participando dos estudos realizados pelos cientistas chilenos..