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A identificação dessa proteína é muito importante, uma vez que ajuda a entender melhor como o tumor funciona e como se protege. Agora, a indústria farmacêutica se mobiliza para transformar esse conhecimento em medicamentos que atuem na batalha contra o câncer. No Congresso da Associação Americana de Oncologia Clínica (ASCO), que ocorreu entre 3 e 7 de junho, em Chicago, 25% dos quase 5,3 mil estudos apresentados são sobre imunoterapia — tipo de tratamento que estimula o corpo a atacar o câncer e que tem menos efeitos colaterais do que a tradicional quimioterapia. Desses, vários são sobre respostas de pacientes a medicamentos que bloqueiam a ligação da PD-L1. Os resultados são animadores.
“É uma outra estratégia de tratamento, outro mecanismo. E chega em uma hora em que as instituições de pesquisa e a estrutura de enfrentamento do câncer estão robustas a ponto de poder aproveitar isso. Do dia para a noite, surgiram muitos estudos. As drogas vão sendo testadas em vários tipos de câncer com bons resultados. São inclusive menos tóxicas”, explica o oncologista Murilo Buso, do Cettro (Centro de Câncer de Brasília).