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Conforme dados dos ministério, foram registrados 172 novos casos de bebês com suspeita de microcefalia contra 171, no Nordeste, nas últimas cinco semanas. No entando, no acumulado de casos, o Nordeste ainda concentra cerca de 75% dos bebês com o perímetro da cabeça menor que o estabelecido para a notificação de casos, que atualmente é de 32 centímetros. Mas o número de crianças que tem nascido com o indicativo de malformação cerebral, de acordo com Eduardo Hage Carmo, vem aumentando mais no Sudeste do que em outras localidades do país.
“Provavelmente, os casos estão relacionados ao pico de ocorrência de infecção por Zika, que na Região Sudeste se dá depois da Região Nordeste. Enquanto na Região Nordeste há um pico no primeiro semestre, até meados de junho/julho, na região Sudeste esse pico se dá entre novembro, dezembro [de 2015], janeiro e fevereiro [de 2016]. Há um período entre a ocorrência da infecção por zika e a notificação da microcefalia, que é a gestação”, explica Carmo, que participou do Seminário Estadual de Vigilância e Resposta às Arboviroses e suas Complicações, iniciado hoje, no Recife. Segundo ele, a tendência é que haja uma curva ascendente dos casos de microcefalia no Sudeste.
O último boletim divulgado pelo Ministério da Saúde informa que, em 2016, foram 54.803 registros de Zika no Sudeste, contra 51.065 na Região Nordeste.
São Paulo e Rio de Janeiro
De acordo com o diretor, na Região Nordeste tem havido desaleceração do registro de novos casos de microcefalia desde o fim do ano passado, enquanto no Sudeste, sobretudo em São Paulo e no Rio de Janeiro, o movimento é contrário.
Rio de Janeiro e São Paulo são os estados com maior crescimento de registros suspeitos de microcefalia. Nas últimas cinco semanas, a variação foi de 46 (RJ) e 104 (SP) novos bebês notificados, enquanto no Espírito Santo e em Minas Gerais o total foi de 11 registros cada. O caso de São Paulo – o estado mais populoso do Brasil – ultrapassa qualquer estado do Nordeste. A maior variação é de Pernambuco, com 52 novas suspeitas – metade do observado no estado paulista.