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De acordo com a SBCP, verduras cruas como couve, brócolis, couve-flor, além de leguminosas como feijão, grão de bico e lentilha, podem provocar gases e distensão abdominal. Já o leite e seus derivados podem ocasionar até mesmo diarreia e os sintomas são ainda mais fortes em pessoas que têm intolerância à lactose.
Os doces são também alimentos que favorecem a formação de gases por fermentarem no aparelho digestivo. Na lista da SBCP entram os muito concentrados como goiabada, marmelada, doce de leite, pé de moleque, cocada, compotas e bolos recheados.
Além disso, nozes, amêndoas, avelãs, coco, amendoim, castanha-do-pará, castanha de caju, chocolate, frutas secas e cristalizadas também não devem ser consumidos em grandes quantidades.
Entre os vilões do intestino já bem conhecidos estão as bebidas alcoólicas só que as não alcoólicas gaseificadas também podem provocar a distensão abdominal. A lista não termina por e inclui ainda massa de tomate, conserva em lata, mostarda, maionese, linguiça, salsicha, salame e frutos do mar.
Para ter certeza de que basta a mudança no cardápio para solucionar os incômodos intestinais é preciso consultar um especialista. A constipação pode, por exemplo, ser resultado não apenas de hábitos alimentares inadequados, mas sintomas do sedentarismo, diabetes, hipotireoidismo.
Apesar de os cereais estarem na lista dos alimentos que causam gases, eles não devem ser excluídos da dieta. “Eles só devem ser evitados se a flatulência e a distensão abdominal forem sintomas frequentes e que causem incômodo ao paciente. Uma dieta balanceada é ideal para o nosso bem-estar intestinal”, afirma Marcelo Rodrigues Borba, primeiro secretário da SBCP.
Fibras e água
Segundo o especialista, para o segredo para o bom funcionamento intestinal está no consumo de fibras e líquidos. “Fibras são os componentes encontrados nos vegetais. Por não serem digeridos totalmente pelo intestino, ajudam a segurar, no bolo fecal, uma parte da água ingerida. Fibras e água, em conjunto, proporcionam a formação adequada das fezes e, com isto, o bom funcionamento intestinal: nem muito rápido, nem muito lento”, explica Marcelo Rodrigues Borba.
A dieta diária deve conter em torno de 45 gramas de fibras e, em médio, 2 litros de água por dia. Além disso, é essencial incluir as seguintes categorias de alimentos:
Cereais: pão integral, grãos integrais (aveia, trigo ou linhaça) e farelos.
Frutas: mamão, laranja, pera, manga – frutas secas como ameixas, tâmaras e damasco têm boa quantidade de fibras e ação laxativa, enquanto que a banana e a goiaba tendem a prender o intestino.
Verduras: couve, brócolis, espinafre, agrião e alface.
Câncer colorretal
Marcelo Rodrigues Borba alerta ainda que o consumo excessivo de carne vermelha, defumados e embutidos que contêm grande teor de gorduras deve ser evitado, pois é fator de risco para o câncer colorretal. “A ingestão de carne branca como peixe e frango é mais indicada na dieta, por ajudar a proteger o intestino grosso”, recomenda.