Usando um método de sequenciamento avançado, os pesquisadores examinaram as mudanças que ocorrem nas células cancerosas com maior detalhe e conseguiram realizar a diferenciação. “Um tipo ocorre quando um gene chamado DUX4, que é normalmente inativo nas células do sangue, se torna ativo devido ao deslocamento do gene no genoma. O segundo tipo assemelha-se a outros tipos já conhecidos de leucemia infantil, mas é causado por outras mutações genéticas”, conta Henrik Lilljebjörn, pesquisador e gerente de projeto do estudo, detalhado na revista Nature Communications.
Batizados de DUX4-rearranged e ETV6 / RUNX1-like, os dois tipos descobertos, acredita Lilljebjörn, representam cerca de 10% de todos os casos de leucemia infantil. Médicos e cientistas geralmente trabalham com seis grupos principais de leucemia linfoblástica aguda em crianças. A esperança é de que os resultados levem a um melhor diagnóstico e monitoramento de leucemia infantil, além de a novas formas de tratamento.
Ajustes
A terapia hoje disponível consegue ser bem-sucedida em grande parte dos pacientes, mas requer intervenções pesadas, como quimioterapia e radioterapia, que podem causar diversos efeitos colaterais. Existe, portanto, uma necessidade de distinguir os diferentes tipos de leucemia linfoblástica aguda a fim de adaptar o tratamento de acordo com a gravidade do caso, detectar possíveis recaídas e reduzir os sintomas adversos ao máximo.
“Como todos os tipos de tumor, a leucemia infantil é causada por mutações genéticas em células normais.