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A decisão de adotar o antipsicótico para o tratamento da doença, segundo a pasta, foi da Comissão Nacional de Incorporação de Tecnologias no SUS (Conitec), atendendo pedido da Secretaria de Atenção à Saúde do Ministério da Saúde.
O remédio será usado para combater psicoses associadas à doença. Alguns dos argumentos apresentados são de que essa situação clínica influencia negativamente o quadro, com aumento da dependência, das hospitalizações em casas de saúde e da mortalidade.
A Conitec chegou a fazer consulta pública para colher opiniões de especialistas e da sociedade civil. “As contribuições recebidas enfatizavam efeitos positivos da incorporação, como a melhora na qualidade de vida do paciente e de seus familiares”, informou a pasta.
“Outro indicativo dos benefícios do uso do medicamento no tratamento de sintomas psicóticos associados a Parkinson é sua recomendação pelo Instituto Nacional de Saúde e Excelência Clínica, do Reino Unido, em uma de suas diretrizes clínicas referentes à doença”, reforçou o ministério.
A previsão do governo é de que o protocolo clínico seja publicado em até 180 dias. A clozapina já era oferecida no SUS para tratar outras doenças, como transtorno bipolar e esquizofrenia. O investimento para a disponibilização a pacientes com Parkinson é de cerca de R$ 3 milhões ao ano.
A doença de Parkinson é neurodegenerativa e, segundo dados da Organização Mundial da Saúde, acomete 1% da população mundial com idade superior a 65 anos. No Brasil, estima-se que cerca de 200 mil pessoas sofram com o problema.
Além dos problemas motores mais conhecidos, várias manifestações não motoras podem surgir à medida que a doença progride, inclusive sintomas psicóticos.