Do total de casos confirmados, apenas 223 tiveram exame laboratorial provando que foram causados pelo vírus Zika. Porém, segundo o Ministério da Saúde, a maior parte dos casos confirmados foi causada pelo vírus, embora não tenham comprovação por exames.
Desde o início das investigações, em outubro de 2015, foram notificados 7.723 casos suspeitos, sendo que 3.072 foram descartados e 3.162 permanecem em investigação. Os 1.489 casos confirmados em todo o Brasil ocorreram em 539 municípios, localizados em 25 unidades da federação.
A microcefalia pode ter como causa, diversos agentes infecciosos além do Zika, como sífilis, toxoplasmose, outros agentes infecciosos, rubéola, citomegalovírus e herpes viral.
Zika
Transmitido pelo mosquito Aedes aegypti, o vírus Zika começou a circular no Brasil em 2014, mas teve os primeiros registros feitos pelo Ministério da Saúde em maio de 2015.
O que se sabia sobre a doença, até o segundo semestre do ano passado, era que sua evolução costumava ser benigna e que os sintomas, geralmente erupção cutânea, fadiga, dores nas articulações e conjuntivite, além de febre baixa, eram mais leves do que os da dengue e da febre chikungunya, também transmitidas pelo Aedes aegypti.
Porém, em outubro de 2015, exames mostrararam a presença do vírus no líquido amniótico de um bebê com microcefalia, que morreu logo depois do nascimento. Em 28 de novembro, o Ministério da Saúde confirmou que, quando gestantes são infectadas pelo vírus, podem gerar crianças com microcefalia, uma malformação irreversível do cérebro que pode vir associada a danos mentais, visuais e auditivos. Pesquisadores confirmaram que a Síndrome de Guillain-Barré também pode ser ocasionada pelo Zika.
Em fevereiro deste ano, a Organização Mundial da Saúde declarou emergência em saúde pública de importância internacional por causa das implicações da infecção pelo vírus..