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“Nossa pesquisa revela que a necroptose, um programa alternativo de morte celular, pode ser ativada nas células humanas de leucemia. Isso mata mesmo aquelas células que mal respondem à quimioterapia”, conta Jean-Pierre Bourquin, um dos autores do trabalho, publicado na Science Translational Medicine. Ele explica que a enzima RIP1 kinase é uma das maiores responsáveis por regular a necroptose. A RIP1controla mecanismos moleculares que governam se uma célula vive ou morre. Os pesquisadores identificaram substâncias que ativam essa enzima, suprimindo a substância que a inibe.
Para testar a eficácia dessas substâncias, chamadas mimetizadoras SMAC, o grupo usou ratos com células de leucemia humanas. Os cientistas mostraram que um terço das células resistentes à quimioterapia é extremamente sensível às SMAC e acaba morrendo. Em seguida, os pesquisadores lançaram mão do Crisp, o método de edição genômica, e descobriram que tanto a apoptose quanto a necroptose dependem da RIP1 kinase.
Por isso, para fazer as células serem resistentes, precisa-se desativar os genes associados à apoptose e à necroptose. Da mesma forma, a ativação simultânea de ambos os mecanismos nas células cancerosas é o segredo para matá-las. “As mimetizadoras SMAC têm grande potencial de eliminar células leucêmicas em pacientes que são resistentes às drogas quimioterápicas estabelecidas”, diz Robenhausiense. Agora, os pesquisadores buscam biomarcadores que ajudem a identificar os pacientes que poderão se beneficiar do tratamento com as SMAC em testes clínicos.