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A mãe disse à agência de notícias France-Presse (AFP) que os dois haviam perdido a esperança de ter um filho e "suportavam a vergonha" de não serem pais - para muitos indianos, a esterilidade é considerada um castigo divino. "Deus ouviu nossas orações", disse. "Como queríamos muito ter um filho, quando vimos a publicidade (da fecundação assistida) pensamos que tínhamos de tentar", acrescentou.
Segundo registros da clínica, Daljinder teria, na verdade, 72 anos — na Índia, é comum as mulheres informarem a idade de maneira imprecisa. Mesmo assim, não se sente velha para cuidar de seu bebê. "Cuidarei eu mesma desse bebê. Sinto-me cheia de energia. Meu marido também é muito cuidadoso e me ajuda o máximo que pode", afirmou.
O bebê foi concebido com um óvulo e esperma do casal, que está junto há 46 anos. Depois de pesar apenas 2kg ao nascer, em 19 de abril, o pequeno Armaan se encontra agora "saudável e forte", informou a clínica National Fertility and Test Tube. Mohinder, que tem uma fazenda nos arredores de Amritsar, também disse não estar preocupado. "As pessoas se perguntam o que acontecerá com o menino quando morrermos. Mas tenho fé em Deus. Deus é onipotente e onipresente, cuidará de tudo", explicou à AFP.