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"Para os viajantes retornando do Brasil, recomendamos a prática de sexo seguro de quatro a seis semanas", afirmou o porta-voz da OMS, Christian Lindmeier.
Em um informe publicado na semana passada, a OMS ainda destacava que "o fato de que a transmissão sexual do zika é mais comum do que se pensava e complica ainda mais a recomendação a casais planejando suas famílias". Em um ano, nove países registraram a transmissão da doença por meio do sexo.
No Brasil, a recomendação é para que cada estrangeiro "se proteja da melhor forma possível". Isso inclui o uso de inseticidas, dormir em locais fechados e uso de redes nas janelas ou ar-condicionado.
Para mulheres grávidas, a recomendação é de que consultem seus médicos e autoridades, além de avaliar se a viagem é de fato necessária.
Lindmeier, porém, apontou que acredita que as autoridades brasileiras façam um controle concentrado nas áreas dos Jogos para reduzir a população do mosquito que serve como vetor da doença. "O Brasil fará o que for necessário para ter Jogos seguros em termos de saúde pública", insistiu a OMS.
Durante a estadia no Brasil, o turista deve, ainda assim, monitorar sintomas. "Se sentir alguma suspeita, recomendamos ir ao médico e pedir um teste", indicou Lindmeier.
Normalidade
Para a OMS, tudo indica que, em alguns meses, o zika passará a ser a nova realidade de uma doença que não será simplesmente eliminada. "Vamos ter de conviver com ela, assim como é o caso da malária e outras doenças", disse o porta-voz. "O cenário mais provável é que o turista tenha de consultar quais vacinas serão necessárias para ir a determinados países e, a partir de agora, terão de incluir o zika nessa conta", afirmou.
Uma vacina contra o vírus ainda não existe. Mas a OMS aposta que essa realidade possa mudar em dois anos.
A entidade também deixou claro que deixou de tentar contar quantas pessoas no mundo estão contaminadas pelo zika. "Isso seria simplesmente impossível", disse Lindmeier. A conta de casos de microcefalia, porém, continua, com 1,2 mil no Brasil.