Para o médico oftalmologista Elisabeto Ribeiro Gonçalves, diretor clínico do Departamento de Retina e Vítreo do Instituo de Olhos de Belo Horizonte (IOBH), a higienização ocular usual é importante. Evitar colocar as mãos e dedos sujos nos olhos é a primeira dica, mesmo que haja algum incômodo, como ciscos e coceira.
“Pessoas com tendência a olho seco, principalmente mulheres, devem levar em conta a necessidade de usar os chamados lubrificantes oculares (colírios). Para pessoas com fotofobia, principalmente em dias de sol, o uso de lentes escuras pode ajudar a mitigar a sensação desconfortável de irritação e percepção de cisco, por exemplo”, salienta o especialista.
COLÍRIO
Ele ressalta que não há regras para ir a um oftalmologista, mas alerta que sempre que algo diferente ocorrer nos olhos, a pessoa deve procurar um especialista, que identificará as causas de eventuais problemas e indicará os recursos para contorná-los. Elisabeto esclarece que não há nenhum ritual para que a pessoa consulte um oftalmologista sistematicamente. “Ele deverá fazer a higienização normalmente e recorrer ao especialista assim que achar necessário, além de não usar colírio aleatoriamente, seja qual for, sem uma indicação específica.” Isso porque, segundo o médico, “o uso abusivo de colírios cortisônicos pode levar a uma forma grave, às vezes intratável, de glaucoma.
Na realidade, de acordo com informações da Sociedade Brasileira de Oftalmologia (SBO), a conjuntivite – inflamação da membrana transparente chamada conjuntiva, que se inicia na parte interna das pálpebras e envolve toda a porção anterior do olho até a córnea – surge, geralmente, quando há mudança de estação. A infecção tende a se agravar no outono e no inverno, quando as pessoas permanecem por mais tempo em ambientes fechados. E é justamente nesse tipo de lugar que a conjuntivite alérgica pode surgir e se disseminar, associada a ácaros de poeira e pelos de animais, entre outros. Pessoas alérgicas, consideradas atópicas, apresentam, nesta estação, maior frequência de manifestações alérgicas de um modo geral, incluindo as oculares.
Os sintomas mais comuns da conjuntivite são o aparecimento, em um dos olhos, de vermelhidão, coceira, lacrimejamento e edema da conjuntiva de baixa a moderada intensidade. Ela pode acabar contaminando o outro olho. Os quadros mais graves são a conjuntivite primaveril e a papilar gigante, relacionados, principalmente, ao uso de lentes de contato. Podem ocorrer conjuntivites também por bactérias ou fungos. Todos os casos devem ser avaliados por um oftalmologista, assim como o uso de qualquer produto nos olhos..