O termo é utilizado para denominar um mecanismo existente naturalmente que é capaz de regular os horários de todos os acontecimentos corpóreos dos humanos e até mesmo dos animais e das plantas. É por meio do relógio biológico que ocorre a adequação da variação de temperatura corporal, da pressão arterial, da secreção hormonal, da frequência cardíaca.
O hipotálamo anterior é a região que controla os ritmos biológicos ou ciclos circadianos, que dura em torno de 24 horas e 18 minutos.
Os horários de dormir, acordar, comer, dentre outras atividades como ir ao banheiro, e também o de produzir hormônios como o cortisol, a melatonina e o hormônio do crescimento são regulados por esses ciclos circadianos.
Alguns cientistas afirmam que o principal ativador do relógio biológico seria a luz e que exatamente por isso, somos seres diurnos - ficando despertos durante o dia e descansando durante a noite. Por outro lado, um artigo científico publicado recentemente na revista Science constatou que o relógio biológico dos humanos pode ser alterado quando a parte de trás do nosso joelho é iluminada por uma lanterna, por exemplo. Entretanto, os cientistas ainda se vêem em um impasse sobre o estudo: o motivo de isso acontecer.
Deste modo, os pesquisadores acreditam que as hemoglobinas reguladoras desse ciclo são as que ficam expostas à luz tanto na retina quanto por baixo dos joelhos.
Um outro fator que comprova os ciclos circadianos é o famoso "jet lag". Em uma tradução livre seria algo como "atraso do jato". Umas das causas é quando, por exemplo, você pega um avião e precisa fazer uma viagem muito longa.
O nosso organismo sentirá a necessidade de sincronizar novamente o ritmo circadiano para ajustar a mudança de horários devida ao fuso horário. Isso pode afetar seriamente o nosso organismo, alterando a temperatura corporal, os níveis pressóricos arteriais, o ritmo cardíaco e os padrões de comportamento.
Por isso é normal, ao fazer uma viagem para outro continente, por exemplo, você passar cerca de dois ou três dias com dores de cabeça, e muito cansaço. Além disso, como crianças menores de dois anos ainda não estão com o relógio biológico em funcionamento normal, elas praticamente não sentem o "jet lag", assim como pessoas mais acostumadas com longas viagens..