Mulheres mostram que é possível ser feliz sozinhas

Longe da idealização romântica que vê na relação com o outro a fórmula da felicidade, muitas mulheres rompem com esse padrão para viver as delícias de morarem sozinhas

por Renata Rusky 14/04/2016 09:30
Idalia Candela
A ilustradora mexicana Idalia Candela fez uma série de desenhos para mostrar a beleza de viver só. Leia entrevista com ela abaixo (foto: Idalia Candela )
“Que minha solidão me sirva de companhia.” A frase, escrita por Clarice Lispector em Um sopro de vida, é um reflexo do que acontece com 70 milhões de brasileiros. Esse era, segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística, o número de pessoas que moravam sozinhas em 2014. Mas o que pode soar como uma realidade angustiante, ganha a cada dia nuances mais leves. Para muita gente, não ter que dividir o espaço e/ou a vida com ninguém é sinônimo de liberdade. Com essa inspiração, a ilustradora mexicana Idalia Candelas criou uma série de desenhos, em preto e branco, que mostram as delícias de morar sozinha. As imagens fogem da ideia de que é impossível ser feliz sem companhia, pelo contrário. Revelam as maravilhas por trás dessa condição, que traz a oportunidade do autoconhecimento. Inúmeros motivos podem levar uma pessoa a morar sozinha — divórcio, estudo, trabalho em uma cidade diferente — mas a experiência ganha novas cores quando a vontade de ser livre é a opção. Nesse universo, as mulheres aparecem, cada vez mais, como protagonistas.

Pesquisa feita pelo Ibope (Instituto Brasileiro de Opinião Pública e Estatísticas), também em 2014, mostrou que 46% das pessoas que moram sozinhas no país são mulheres. Dessas, 31% têm entre 25 e 34 anos. A idade de média em que os brasileiros estão se casando também aumentou, o que interfere diretamente no crescimento dessa taxa. Muita gente prefere experimentar a vida antes de se aventurar na divisão da cama, das contas, das responsabilidades e das decisões. Algumas sequer sonham com isso. Para muitas mulheres, o casamento não é mais obrigação. A maternidade também é apenas uma opção.

	Zuleika de Souza/CB/D.A Press
Para Andrea, morar sozinha é muito diferente de ser sozinha (foto: Zuleika de Souza/CB/D.A Press)


Andrea Guimarães, 51 anos, servidora pública, aos 9 revelou a uma prima o sonho de morar sozinha. O desejo passou. A jovem havia sido criada para se casar, ter filhos. Aos 27, tinha um namorado que amava muito. Ele, porém, precisou mudar de cidade e o relacionamento acabou. O casamento deixou de ser uma opção e, concursada e com boa situação financeira, Andrea viu que o próximo passo a ser dado era justamente sair da casa da mãe. Não estava, no entanto, tão feliz quanto a maioria das pessoas quando compram o primeiro apartamento. “Eu tinha sido criada de uma forma muito tradicional, num romantismo exagerado”, relata.

Na nova fase, Andrea precisou desconstruir a idealização que a cultura patriarcal impôs a ela. Com o tempo, Andrea percebeu que morar sozinha está longe de ser sozinha. “Eu aprendi a valorizar cada relacionamento que tenho. Não apenas os amorosos. Invisto muito nas amizades”, conta. Não espera convites para fazer nada. Ela mesma convida, e está preparada para ouvir negativas. Tem a vida estruturada para fazer programas sozinha, se for o caso.

Os amigos a veem como uma pessoa forte. Deles, nunca recebe julgamentos. Um ou outro confidencia uma pontinha de inveja que sente da liberdade que ela tem. Uma única vez que se sentiu agredida por ser sozinha. Uma vizinha descobriu que, quando jovem, Andrea rejeitou um homem que queria se casar com ela. Sem pudor algum, comentou: “Não quis o fulano, acabou sozinha”.

Amores
É claro que Andrea teve outros namorados além daquele do início da vida adulta, com quem acreditava que se casaria. Por 12 anos, manteve um relacionamento sério, mas cada um na sua casa. Ele tinha filhos, o que complicava uma possível união. “Nós nos amávamos e tínhamos liberdade”, conta. Por não ter filhos, a servidora pública tinha muito mais disponibilidade, então, conta que precisou se treinar para dar espaço ao outro e não se deixar ser manipulada por conta da condição de estar sempre disponível. A julgar pelo tempo que passaram juntos e o carinho com que Andrea se refere ao ex, é fácil apostar que os dois tiveram uma ligação de muito sucesso.

A servidora pública não tem problema em dividir espaços. De uma família de cinco irmãos, gosta da casa cheia e morar sozinha não significa estar com o apartamento vazio. Ele é preenchido com a presença de dois cachorros e de fotos que trazem lembranças das inúmeras aventuras que viveu, como de um curso de mergulho.

  • Não depender de ninguém para nada
  • Não ter hora para chegar em casa porque alguém está esperando para jantar
  • Poder decidir coisas de última hora

Zuleika de Souza/CB/D.A. Press
Beatriz Balestro Izzo, 34 anos (foto: Zuleika de Souza/CB/D.A. Press)

Antes só do que mal acompanhada
Beatriz Balestro Izzo, 34 anos, tem dificuldade em lembrar amigos que morem sozinhos. “Ou vivem com os pais, ou estão casados”, conta a fisioterapeuta. Ela não divide a casa com ninguém há oito anos, desde que deixou São Paulo para assumir um cargo na capital federal. Tem o costume de almoçar sozinha. Vai ao cinema desacompanhada sem problema algum.

Durante a semana, ela não fica tanto em casa, mas domingo é dia oficial disso. “Às vezes, um amigo me chama pra sair e digo que quero ficar tranquila, dormir e eles contam que adorariam poder fazer o mesmo”, relata. Para Beatriz, viver com alguém é compartilhar cobranças e responsabilidades.

Ela dorme atravessada numa grande cama; toma banho e deixa o som bem alto na sala para conseguir ouvir debaixo do chuveiro; recebe os amigos quando bem entende. No supermercado, compra apenas as coisas específicas que come — como queijo cottage e kani. Não precisa pensar nas preferências de outra pessoa. E, se está em casa, a televisão fica sempre ligada.  Beatriz diz não reparar muito bem nas próprias manias, mas acredita ter várias.

  • Abrir a geladeira e estar tudo no lugar
  • Lavar a louça quando quer
  • Gerência total sobre querer conversar ou não
  • Receber pessoas em casa sem ter que deliberar com ninguém
Autoconhecimento
Faz quase dois meses que Paula Cardoso, 29, saiu da casa da família para um apartamento de dois quartos no mesmo bairro, onde viveu toda a vida e onde trabalha, Santa Maria. “Eu sempre disse que deixaria de morar com eles antes dos 30; então, meu prazo já estava expirando”, brinca. Embora os pais não pegassem no pé dela, a filha única considerava a mudança importante para se conhecer melhor.

	Zuleika de Souza/CB/D.A Press
Paula Cardoso, 29 anos (foto: Zuleika de Souza/CB/D.A Press)
Primeiramente, a professora pensou na possibilidade de dividir o espaço e as contas com uma amiga, mas teve a oportunidade de estar sozinha em um apartamento e agarrou. “Talvez fosse apenas mudar a pessoa para quem eu daria satisfação”, reflete. Como os gastos seriam todos dela, começou a se preparar financeiramente. A medida mais drástica foi interromper o uso do cartão de crédito, o que manteve até hoje. A professora não aceita mais todos os convites para sair por causa das contas a pagar, mas, agora, tem um lugar para chamar de seu e receber os amigos.

Já com pouco tempo de vida solo, Paula descobriu um traço importante da personalidade dela: “Eu me achava desorganizada. Minha mãe ficava muito brava quando entrava no meu quarto. Percebi que não sou bagunceira, eu apenas sabia que alguém arrumaria por mim.” A consciência do trabalho e do cansaço que dá limpar e ajeitar tudo a ajudou a deixar seu lado virginiano florescer. Chega a brincar que ficou paranoica. “Quando tem qualquer coisa fora do lugar, organizo rapidamente porque, se deixar para depois, acumula e dá mais trabalho”, explica.

Outra providência que Paula tomou para organizar a própria vida foi fazer um uso mais racional das roupas.“Antes, se eu tinha mais de um compromisso no dia, praticamente escolhia uma nova para cada um”, relembra. Agora, faz esforço para usá-las mais de uma vez e reduzir os gastos com as peças a serem lavadas e passadas. Agora, é a professora quem tem que tomar conta de tudo, e essa é uma mudança cheia de altos e baixos. Ela garante, no entanto, que as muitas vantagens compensam.

As compras
O arroz e o feijão, que são quase obrigatórios na casa da família de Paula, não costumam entrar na dela, a não ser que a mãe os envie prontos. “Tem o mercado paralelo da mãe. Ela sempre acha que eu estou passando fome. Se eu estou comendo um sanduíche, minha mãe pensa que é porque não tem mais nada. Não entende que é porque eu quero”, brinca a professora. Paula almoça com os pais quase todos os dias, porque a casa deles é perto do trabalho dela.  Já o jantar, ela mesma prepara. Costuma deixar prontas as refeições para toda a semana.

Refrigerante é outra coisa que a recém-sozinha não compra, mas que na casa dos pais sempre tem. Eles adoram. Paula não sente a menor falta; prefere sucos, chás e, claro, cerveja. Essa não falta nem lá, nem cá. “Vai que algum amigo me visita, vai que eu chego em casa chateada. É sempre bom ter algumas na geladeira”, diverte-se.

Ela gosta de poder escolher o que entra na própria geladeira e de comer o que quer sem horários predeterminados. Quando chega tarde em casa, depois de um longo dia de trabalho, prefere ir direto para a cama, ainda que tenha fome. A desvantagem é nunca ter quem ajude a carregar as compras. Não dá pra levar muita coisa de uma vez só.

O relacionamento de Paula com os pais sempre foi muito bom. Eles nunca colocaram muitos impedimentos ao que ela queria fazer, não impunham regras absurdas e sempre deram liberdade à filha. Mesmo assim, até hoje, ela avisa quando está saindo de casa e também quando chega. “O mundo é perigoso. Gosto que saibam com quem estou, que estou segura”, explica.

O que já era bom, no entanto, ficou ainda melhor, segundo ela. “Às vezes, nós convivemos tanto com as pessoas que não damos valor. Parece que, apenas porque vivemos juntos, não precisa demonstrar que são importantes”, explica. Depois que saiu de casa, a relação com o pai e a mãe ficou mais carinhosa, com mais abraços, beijos, apertos e “eu te amo”.

  • Chegar em casa, e as coisas estarem no lugar, como eu deixei
  • Arrumar quando e como quiser
  • Não fechar a porta do banheiro para tomar banho
  • Levar os amigos e ficar conversando até a hora que quiser sem incomodar ninguém

 Carlos Moura/CB/D.A Press
Fernanda Nunes Ribeiro, 29 anos (foto: Carlos Moura/CB/D.A Press)

Mais maturidade
Assim como Paula, Fernanda Nunes Ribeiro, 29 anos também está morando sozinha há pouco tempo. Há dois meses, ela saiu de Belo Horizonte e veio para a capital federal. Lá,  morava com a mãe, o padrasto e o cachorro. Aos 18 anos, fez um intercâmbio fora do país e viveu sozinha em um alojamento para estudantes. De volta ao Brasil, a mãe precisou se mudar para Volta Redonda (RJ) e ficou pagando o aluguel de um apartamento para Fernanda.

De todas as experiências de moradia que Fernanda vivenciou, ter um canto só dela, garante, é a melhor de todas. A atual situação tem sido um pouco mais solitária por causa da mudança de cidade e da distância da família. Ela acha, porém, que até o relacionamento melhora quando se mora em casas diferentes. “A minha mãe sempre foi tranquila, liberal, mas, às vezes, eu dava pitaco em algo da casa e ela não gostava. Jogava na minha cara que eu não entendia porque não cuidava sozinha da casa”, conta. Hoje, ela entende a mãe e o sentimento de empatia deixa o relacionamento ainda melhor.

Até por causa dos períodos que passou morando fora, Fernanda sempre acreditou que não era necessário ter uma empregada doméstica todos os dias dentro de casa. Ela tentava convencer a mãe, que se recusava. Em seu apartamento em Brasília, decidiu que teria uma diarista para limpar o espaço a cada 15 dias, mas está revendo a decisão. “É inconcebível alguém aqui em casa todos os dias, mas talvez tenha que ser uma vez por semana, principalmente por causa do meu cachorro, o Elvis. Chegou também o momento, em que as roupas acumulavam tanto que eu só conseguia passar o que ia usar”, explica.

Além das pequenas discordâncias normais entre mães e filhas, outra coisa ajudou a melhorar o relacionamento e fez Fernanda gostar ainda mais de morar sozinha. Antes da mudança, a jovem estava trabalhando e estudando de casa. E isso fazia com que a mãe e o padrasto tivessem a impressão de que ela estava sempre disponível. Fosse para bater papo, fosse para fazer algum favor.

Personalidade
Fernanda se considera, definitivamente, alguém que gosta de ficar só. Morar em uma república, como fez em um de seus intercâmbios, não seria uma alternativa, a não ser como uma forma de economizar. Ela queria a casa dela. A decisão por morar sem mais ninguém, no caso de Fernanda, vem do temperamento. Ela conta que, desde pequena, era uma menina sossegada, que gostava de ficar quieta e brincava sozinha sem problema algum. “Desde que tinha voltado a morar com a minha mãe, pensava em ter meu canto”, conta. Na primeira experiência, ela teve a grande vantagem de contar com ajuda financeira dos pais. “Esse mês, peguei o boleto do condomínio e esqueci de pagar.”

Ainda em adaptação, ela não tem dúvidas de que a nova experiência tem valido a pena: “Poder fazer as coisas do meu jeito, sem me preocupar com outra pessoa é muito bom”. A maioria dos amigos de Fernanda ainda mora com a família ou saiu da casa deles para se casar. “Acho que a minha geração quer estudar até mais tarde e isso dificulta a mudança.” Para ela, sempre foi uma meta morar sozinha antes de se casar ou se juntar com alguém. Com a aprovação no concurso, o sonho pôde ser realizado. “Antes, seria até irracional eu sair da casa da minha mãe apenas porque queria”, explica.

  • Comprar o que quiser para a casa sem ter que consultar mais alguém
  • Trabalhar, estudar, ler sem ninguém para incomodar
  • Sossego


No próprio canto

Aos 24 anos, Elizete Souza, 46, recebeu um ultimato do então namorado para que se cassassem.  Para ela, o que importava eram o sentimento e a vontade de estar junto. Os pais dela também tinham o sonho de vê-la se casar e ela acabou aceitando. O matrimônio não fazia parte dos planos da professora, como é da maioria das mulheres da geração dela. Deixou a casa dos pais para viver com o marido que, oito meses depois, morreu. Desde então, ela vive só. “À época, houve a opção de voltar a morar com meus pais, mas decidi que queria ficar no meu canto”, conta.

Estar sozinha vai muito além do fato de Elizete não dividir o apartamento com ninguém. Ela também costuma sair sozinha. Ir a shows, cinema, restaurante, viajar. “Eu não me sinto constrangida, mas parece que os outros se sentem. Eu percebo olhares de cobrança, me julgando. Sair sozinha em Brasília transparece algo vulgar”, lamenta. Ela acredita que talvez devesse ter nascido em outra geração. Uma menos machista e julgadora de mulheres. Embora diga que foi criada para ser Amélia, em uma família supertradicional, fugiu totalmente do padrão.

Desde criança, a professora já sabia que não queria se casar ou ter filhos. Aos 17 anos, com seu primeiro salário, em vez de comprar roupas ou coisas típicas de mulher, comprou peças para a casa que ainda nem tinha. Mas ela revela que a maternidade já foi uma cobrança grande da sociedade a ela. “Muitos me consideram egoísta, mas, na verdade, é exatamente na criança que eu penso. Eu tenho uma visão pessimista do mundo. A sociedade é violenta, materialista, não cuida do meio ambiente e vai sobrar justamente para as próximas gerações”, declara.

Um dos momentos que Elizete percebeu que morar sozinha era o ideal foi quando surgiu a oportunidade de fazer um intercâmbio na Espanha. “Eu consegui uma bolsa da Capes, foi tudo muito rápido, e seria muito complicado se eu tivesse um marido, filhos etc.”, conta. Ela sabe, porém, que se tornou uma pessoa mais individualista. “Quanto mais sozinhos nós somos, mais difícil é compartilhar”, confessa.

Ela não costuma ligar a televisão para preencher o silêncio da casa. O tempo em que tinha o hábito de sair muito ficou para trás  e, hoje, a professora prefere ter tempo para se cuidar. A única desvantagem, ela lamenta, é nos períodos de TPM. “Nessa fase, até o que já está bem resolvido vira um problema”, afirma. Elizete também admite certas manias. Quando alguma visita aparece, por exemplo, estranha qualquer sutil mudança na posição da toalha. Mas nada que não supere com facilidade.

  • Sensação de liberdade para escolher
  • Não ter que dar satisfação
  • Não precisar programar tudo com antecedência
  • Organizar o tempo do meu jeito
  • Dormir até tarde

“É importante achar momentos para você mesma”


ENTREVISTA
A ilustradora mexicana Idalia Candela fez uma série de desenhos para mostrar a beleza de viver só. Veja a história de mulheres que relatam como pode ser bom não dividir a casa com ninguém.

Idalia Candela
(foto: Idalia Candela )


Você mora sozinha, como as mulheres das suas ilustrações?

Eu vivo sozinha. Quando eu morava na Cidade do México e vi a vida de outras mulheres que eu conhecia, isso me inspirou. Acho que a melhor parte é aprender a se apreciar e como fazê-lo, além de curtir os detalhes, como tomar um café ou chá a qualquer hora, decidir a decoração da casa, deitar e fazer planos, escutar música e fechar meus olhos.

Idalia Candela
(foto: Idalia Candela )


O que te inspirou enquanto você desenhava? Qual era o seu objetivo?

Quando eu fiz esses desenhos, escutei opiniões sobre mulheres que vivem sozinhas, então, quis provar com as ilustrações quão bem você pode viver na solidão, somente para você mesma.

Idalia Candela
(foto: Idalia Candela )


Você se considera feminista?

Eu não gosto de categorizar, eu apenas gosto de ser mulher e os desenhos são uma prova disso.

Idalia Candela
(foto: Idalia Candela )


Na sua opinião, por que é importante viver sozinha antes de dividir a vida e o espaço com outra pessoa?

Tenho certeza que mais do que apenas morar sozinha, é importante achar momentos para você mesma e aproveitá-los sem ninguém.

Idalia Candela
(foto: Idalia Candela )


As mulheres ainda são pressionadas a viver com um marido, um namorado ou uma figura masculina?

Sim, hoje o jeito tradicional de viver ainda demanda que temos que nos casar e ter filhos. Mas, agora, felizmente, existem mais mulheres que querem viver a própria vida, que exploram mais possibilidades.

Idalia Candela
(foto: Idalia Candela )


As mulheres que vivem sozinhas ainda são tachadas de solitárias?

Algumas pessoas acham que viver sozinha é errado. Não é. Eu não estou dizendo que ser casada e ter uma família é errado, apenas que há muitas maneiras de fazê-lo. E eu sou feliz que as minhas ilustrações passam a mensagem que, vivendo sozinha, você pode ser feliz.

Idalia Candela
(foto: Idalia Candela )