saiba mais
Sair da frente da tevê é o melhor caminho para evitar sofrimentos psíquicos e depressão
Tratar ou não a doença? Depressão na gestação e pós-parto deixa mães em um dilema
Casa desorganizada pode indicar depressão e ansiedade
Mais de 5 milhões de pessoas no Brasil podem ter depressão: por que as mulheres são mais vulneráveis?
Universitários que têm animais de estimação sofrem menos com ansiedade
De acordo com a OMS, o estudo publicado nesta quarta-feira (13/04) no periódico The Lancet Psychiatry oferece um forte argumento para mais investimentos nos serviços de saúde mental em países com todos os tipos de renda. “Sabemos que o tratamento para depressão e ansiedade é bom para a saúde e o bem-estar do paciente. Essa publicação confirma que ele também faz sentido do ponto de vista econômico”, disse a diretora-geral da entidade, Margaret Chan.
Dados da organização indicam que o quadro de doença mental tem se agravado globalmente. Entre 1990 e 2013, o número de pessoas com depressão e/ou ansiedade aumentou em quase 50%, passando de 416 milhões para 615 milhões. Isso significa que cerca de 10% da população global são afetados pelo problema e que as desordens mentais respondem por 30% das doenças não fatais registradas no mundo.
A pesquisa calculou os gastos com tratamento e os resultados em saúde de 36 países de baixa, média e alta renda. Os custos estimados para ampliar o tratamento, principalmente o aconselhamento psicossocial e a medicação antidepressiva, totalizaram US$ 147 milhões. O retorno, entretanto, supera de longe a cifra: uma melhora de 5% na participação da força de trabalho, o que torna a produtividade avaliada em US$ 399 bilhões. A melhora na saúde do paciente acrescenta mais US$ 310 bilhões à economia.
Apesar disso, o estudo alerta que o investimento atual em serviços de saúde mental permanece bem abaixo do necessário. De acordo com o Atlas da Saúde Mental 2014, os governos gastam, em média, 3% de seu orçamento em saúde com a área de saúde mental – variando de menos de 1% em países de baixa renda a 5% em países de alta renda.
Emergências humanitárias e conflitos em curso, segundo a pesquisa, aumentam ainda mais a necessidade de ampliar as opções de tratamento em saúde mental. A OMS estima que, em meio a essas situações, o cenário possa chegar a uma em cada cinco pessoas afetadas por depressão e ansiedade. “Precisamos encontrar meios de garantir que o acesso a esses serviços se tornem uma realidade para todos os homens, mulheres e crianças, onde quer que estejam”, acrescentou a diretora-geral da organização.