"A emergência do zika está ilustrando um novo pacote de vulnerabilidades ligadas ao desenvolvimento inadequado da saúde" disse. "Ou seja, um acesso ruim à serviços de saúde sexual e reprodutivo, a falta de água encanada e saneamento em favelas urbanas, além do colapso global dos programas de controle de mosquitos."
No Brasil, o ministro da Saúde, Marcelo Castro, declarou em janeiro que o País estava perdendo a guerra contra o mosquito. A presidente Dilma Rousseff o desautorizou no dia 27 de janeiro: "Não estamos perdendo não". Mas, dois dias depois, ela mudaria o tom. "Nós estamos perdendo a luta contra o mosquito. Não vou dizer que estamos ganhando, mas nós vamos ganhar esta guerra", disse a presidente.
Na semana passada, a OMS abandonou sua hesitação em relação ao impacto do zika na malformação de embriões e declarou que já existe um "forte consenso" sobre a ligação com a microcefalia.
Em novos dados apresentados nesta semana, a entidade aponta que a proliferação continua. No total, casos já foram identificados em 62 países desde 2007.
A OMS admite que ainda não encontrou uma nova forma de lidar com o vetor da doença. Nas últimas semanas, Genebra tem sido palco de uma proliferação de reuniões entre especialistas para tentar identificar novas metodologias, como a de colocar no meio ambiente mosquitos geneticamente modificados..