O relatório é divulgado um dia antes do Dia Mundial da Saúde, que celebra a fundação da OMS, em 1948. Segundo a entidade, a intenção ao divulgar o primeiro "Relatório Global sobre Diabetes" é chamar a atenção para a necessidade de se aumentar a prevenção da doença e também seu tratamento.
A OMS afirma, no relatório, que entre as medidas para combater o problema estão a criação de mais ambientes que promovam a saúde física, para combater o sedentarismo e dietas que não são saudáveis. Além disso, é preciso fortalecer as condições para que os doentes recebam tratamento e possam lidar com a situação. A entidade lembra que a doença é crônica e progressiva, caracterizada por altos níveis de glicose no sangue. "Isso ocorre ou quando o pâncreas não produz suficiente hormônio insulina, que regula o açúcar no sangue, ou quando o corpo não pode usar efetivamente a insulina produzida", explica o texto.
"A epidemia de diabetes tem grandes impactos de saúde e socioeconômicos, especialmente em países em desenvolvimento", diz a OMS. As complicações causadas podem levar a ataques cardíacos, derrames, cegueira, falência renal e a amputações de membros inferiores.
Entre as medidas defendidas para lidar com os problemas, a OMS afirma que é preciso haver um bom gerenciamento do quadro, que inclui o estabelecimento de alguns medicamentos genéricos para controlar o problema, intervenções para promover estilos de vida saudáveis, educação para os pacientes para que eles mesmos possam atuar no cotidiano no controle da doença e testes regulares para detectar e tratar as complicações. "Muitos casos da diabete podem ser evitados e existem medidas para detectar e gerenciar esse quadro, melhorar a probabilidade de que as pessoas com diabete tenham vidas longas e saudáveis", afirmou no relatório o médico Oleg Chestnov, diretor-geral assistente da OMS. .