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O estudo, cujos resultados foram publicado nesta quarta-feira (30/03) na revista Cell Stem Cell, foi liderado por cientistas da Universidade da Califórnia em São Francisco (Estados Unidos).
A proteína AXL - um receptor normalmente envolvido na divisão celular - é altamente abundante na superfície das células-tronco neurais que dão origem aos tecidos do córtex, mas não em neurônios de um cérebro já desenvolvido, segundo o artigo. Essas células-tronco capazes de produzir a proteína AXL, dizem os autores, só estão presentes no organismo durante o segundo trimestre e gravidez.
Os pesquisadores, no entanto, afirmam que a descoberta é um passo importante, mas ainda não fornece uma explicação conclusiva sobre como a zika seria capaz de causar a microcefalia. "Ainda que não seja de maneira alguma uma explicação completa, acreditamos que a expressão de AXL por esse tipo de célula é uma importante pista para descobrirmos como o vírus zika é capaz de produzir casos tão devastadores de microcefalia. Os resultados se encaixam perfeitamente nas evidências disponíveis", disse o autor principal do estudo, Arnold Kriegstein, diretor do Centro de Pesquisa em Medicina de Regeneração Células-Tronco Eli and Edythe Broad.
"O AXL é o único receptor que tem sido associado à infecção por zika, por isso agora precisamos passar a fase da 'culpa por associação' e demonstrar que bloquear esse receptor específico pode prevenir a infecção", Kriegstein.