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“Uma criança que se esforça para ouvir pode também lutar para aprender a falar, ter baixo rendimento na escola e acabar socialmente isolada”, diz Etienne Krug, diretor do Departamento para a Gestão das Doenças Não Transmissíveis, Deficiente Físico, Violência e Prevenção de Lesões da OMS. “Mas isso não tem que acontecer. Temos uma gama de ferramentas para ajudar a prevenir, detectar e tratar a perda auditiva em crianças”, reforçou.
Vacinar os pequenos, adotar bons programas de saúde para mães e filhos e regular a ingestão de medicamentos são alguns dos cuidados indicados. Segundo a OMS, 40% dos casos de surdez têm origem genéticas. Portanto, não evitáveis. Os 60% restantes dividem-se da seguinte forma: 31% ocorrem por infecções, como sarampo, caxumba, rubéola e meningite; 17% por complicações no parto, incluindo prematuridade, baixo peso ao nascer e icterícia neonatal; 4% são resultado da ingestão, por gestantes e recém-nascidos, de medicamentos prejudiciais à audição; e 8% devem-se à má-formação não congênita.
“É certo que 40% são irreversíveis, mas a detecção e a intervenção antecipadas são essenciais para melhorar o desenvolvimento pessoal e social da criança”, reforçou Alarcos Cieza, coordenadora do Departamento de Deficiência e Reabilitação da OMS. A agência também reforçou, no relatório, que as escolas devem adotar programas de triagem auditiva para alunos em idade pré-escolar e que a opinião pública precisa ser “sensibilizada” sobre a importância dos cuidados com a audição, medida “estratégica para reduzir a perda auditiva e o estigma associado em torno do uso de próteses auditivas”.