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Ei, você, vamos conversar?

Diálogo é cada vez menos presente nas relações humanas

Mundo está com os laços sociais mais esgarçados e relações mais marcadas pelo individualismo e intolerância ao diferente. É preciso saber falar e ouvir

Lilian Monteiro

- Foto: Lelis



Fala-se muito hoje em dia, mas será que as pessoas têm escutado umas as outras? Ou a individualidade, o ego, a postura de dono da razão, de intransigente e de sabichão criam barreiras para ouvir de verdade o pensamento do outro, mesmo que diferente? A comunicação, com seus ruídos, parece desintegrar, e grande parte dos brasileiros anda intolerante e, simplesmente, parou de dialogar e escolheu o discurso como forma de linguagem. Não importa se ele for de bravatas, vazio ou autoritário, o fundamental é defender uma ideia, ainda que reduza a identidade do outro.

Com base no livro da filósofa Marcia Tiburi Como conversar com um fascista – Reflexões sobre o cotidiano autoritário brasileiro, o Bem Viver buscou pensamentos e pontos de vista para explicar, ponderar e interpretar a razão de as pessoas optarem pela discussão, seja ela política, no trânsito, na escola, nas redes sociais. Todos querem opinar sobre tudo e todos, mas, muitas vezes, sem embasamento. E sem fundamento, nascem nesse contexto as agressões verbais, conclusões equivocadas, ofensas gratuitas, desaforos, ironias felinas, maldade mesmo. O que é muito triste, para dizer o mínimo, mas que significa falta de ética, distorção do comportamento.

Como escreve Marcia Tiburi, “impotente para a compreensão do outro, para perguntar, para mudar de ideia, resta-lhe tentar sentir-se sempre cheio de razão. A impotência para o questionamento tem um nome metafórico cuja validade técnica, infelizmente, foi banalizada. Trata-se da ‘burrice’ como impotência não apenas relativa ao saber sobre as coisas, mas relativa ao outro que sempre nos serve de espelho”.

A falta de sabedoria e de paciência em não ouvir o outro esbarra no desrespeito a opiniões divergentes, pessoas e escolhas diferentes. O cenário é grave mesmo vivendo numa democracia, em que há sujeitos que participam livremente de uma passeata para pedir a volta da ditadura.
O risco de a sociedade perder (se já não perdeu) a habilidade para o diálogo é assustador. Muitos não conversam mais, preferem a discussão. Ou só aceitam conversar com quem pense igual. Ou tem aqueles que se recolhem a suas conchas, o que também não ajuda.

No livro, Marcia Tiburi explica que “fascismo é uma expressão que vem sendo usada para definir formas espetaculares de exposição de preconceitos raciais, sexuais, de gênero, de classe e vários outros ao nível do cotidiano concreto ou virtual. (…) Fenômeno atual caracteriza-se por explosões de ódio que causam espanto a quem olha o mundo e a sociedade em termos democráticos”.

A liberdade de expressão protege o direito de manifestar-se e de aceitar a manifestação do outro. E a arte do diálogo, além do ouvir, requer o saber de se silenciar para compreender. Pode-se até não aceitar ou concordar. Mas muitos se lembram da célebre expressão “posso não concordar com o que você diz, mas defenderei até a morte o seu direito de dizê-lo”...


DIALOGAR PARA EVOLUIR


O médico e escritor João Celso dos Santos, que gosta de"dialogar" com a Serra do Espinhaço, diz que a conversa entre seres humanos é aprendizado - Foto: Arquivo Pessoal

“A doença é o diálogo do inconsciente com o consciente, em que o consciente segue o caminho que não é o que a alma almeja e procura. É quando o corpo e a alma não estão em harmonia.” O pensamento é do escritor e médico João Celso dos Santos, que, depois de anos clinicando em ginecologia, exerce agora outra vocação, a de escrever sobre ideias. Ele conta que a medicina sempre foi a história de ouvir e buscar o diálogo para o outro achar o caminho que o está incomodando.

Mas, ao interpretar a falta de diálogo na sociedade brasileira, João Celso lembra dialética de Platão (único caminho que leva ao verdadeiro conhecimento, que consiste em um debate), que diz “que o fim da comunicação é a persuasão”. Para o médico e escritor, “o diálogo é uma conversa de diferenças em que é possível concordar e discordar. Sempre vai enriquecer e sempre vamos aprender”.

João Celso não concorda que o comportamento da ausência de diálogo seja algo de hoje e diz que a “comunicação com a internet é uma esperança de diálogo, porque ela levará à democracia cósmica, que é a natural, e não o regime democrático, que já não é democrático por ser um regime”. “No entanto, reconheço que ainda precisamos de formas de controle, mas estamos evoluindo, mesmo que aos trancos e barrancos.
Com a tecnologia, a informação e a desinformação estão disponibilizadas, cabe a cada um escolher. Estamos assustados com isso, mas, na verdade, esaas questões são adoecimentos antigos que estão reaparecendo”, diz.


O administrador e artesão Vladson Silva Campos acredita que o diálogo esteja se tornando raridade e que, sem interação, a humanidade vai se perder - Foto: Arquivo Pessoal


Quem se propõe ao diálogo recebe, dá e gera frutos, na visão do médico. Para ele, que lança em março o livro Tríade – O feminino, o masculino e o fruto, o problema é que, “atrás dessa história toda, do modelo que desenvolvemos para ter segurança, optamos pelo masculino, que significa regras, padrão e dá a impressão de segurança. Optamos pelo conhecimento, que implica em desconhecimento, e morremos de medo do desconhecido. Assim, a pessoa tem de saber tudo ou terá de se submeter ao outro”.

Para João Celso, o diálogo, como deveria ser, “é de um tempo romântico, mas que nunca existiu na história da humanidade. Temos de aprender a ouvir, aprender a deixar o desconhecido influir, que é o chamado feminino, a intuição, a percepção, que todos nós temos, mas, como não há comprovação científica, questiona-se. O desconhecimento leva à curiosidade, à pergunta e ao novo. O mundo da razão não teme o desconhecido, ele confia em seu masculino fazer, mas também em seu feminino intuir. E quando o medo impera, saímos da razão e vamos para a irracionalidade. E irracional é quem, tendo a possibilidade da razão, a nega, porque tem medo dela.

Mas faz de conta que a exerce, justificando-se, racionalizando em nome de uma perfeição que não existe como forma definitiva. Mas tenho esperança, porque a humanidade ainda está na infância e pode aprender. Caso contrário, se não conversarmos, vamos nos disseminar, acabar com a nossa espécie, porque o planeta permanecerá”.

Administrador, empresário, artesão. Vladson Silva Campos diz que atua há 20 anos na área comercial e o que mais faz na vida “é conversar”, ainda que “tenhamos dois ouvidos e uma boca, para ouvirmos mais e falarmos menos. Falo o necessário, mas gosto”. Na análise dele, “as pessoas estão tão carentes de contato, tudo é virtual, que a carência faz com que elas não queiram conversar. Se você não curtiu a foto ou não comentou, elas cobram ou acham ruim. Está fácil de discutir on-line, mas, tête-à-tête, poucos têm coragem. A sinceridade é mais fácil longe do que de perto”.

Vladson acredita que “o diálogo esteja se perdendo, acabando mesmo. Tenho dois irmãos, um PT e o outro PSDB, que brigaram na época da eleição. Não existe. Todos temos o livre-arbítrio, podemos concordar ou não. Agora, aceitar é diferente”. Para ele, que é representante de madeira plástica em uma empresa de soluções ambientais e expõe quadros de MDF de times de futebol na Feira do Mineirinho, o diálogo é importante tanto para se conhecer quanto para saber do outro. “Sou um caso à parte. Se chego a um ponto de ônibus, rapidamente vou conversar com uma, duas pessoas. Gosto de puxar conversa, bater papo, trocar experiências e conhecer a vida das pessoas, sejam elas jovens, velhas ou crianças. Vejo como uma forma de crescimento. Sou assim. E também uso as redes sociais, inclusive no negócio.” Mas, definitivamente, para Vladson, “sem interação, a humanidade vai se perder, porque não terá coração. É no que acredito.”

 

"TODO MUNDO CABE NO MUNDO"

 

Para a psicoterapeuta humanista Renata Feldman, entre o mundo virtual e o real a fronteira é tênue - Foto: Jair Amaral/EM/D.A Press - 23/3/15

Para pensar a questão da intolerância na falta de diálogo, precisamos pensar o modo de ser do sujeito contemporâneo, tão marcado pelo individualismo. As pessoas estão tão voltadas para si, tão imersas na sua própria condição de existência, que acabam, muitas vezes, por não enxergar o outro – suas demandas, seus direitos, suas diferenças, enfim. “Diante de um eu supremo, a alteridade perde força e voz. E é nesse sentido que as relações interpessoais vão construindo embates em vez de diálogo, guerra em vez de paz”, acredita Renata Feldman, psicóloga, escritora, professora universitária e psicoterapeuta humanista com foco nas relações afetivas.

Em uma forte relação de poder, Renata explica que o eu se coloca em uma posição de disputa como sendo o mais forte, superior, desconsiderando e anulando tudo o que surge do outro lado como contraponto. “As diferenças, tão ricas e vitais para a construção das relações humanas, são vistas por muitos como incômodo, intolerância e repúdio. Isso pode ocorrer tanto nas relações mais distantes, em um esbarrão no meio da multidão, como nas relações mais afetivas e próximas. Muitos casamentos, por exemplo, têm desmoronado por uma absoluta falta de aceitação das diferenças, por menores que elas sejam (um pequeno movimento desencontrado no apertar da pasta de dente é um exemplo clássico). O diálogo se torna escasso, a intolerância derrama e a separação põe uma pedra no amor.”

Neste oceano de diferenças que é o mundo, está em falta a compreensão empática, que é a capacidade de se colocar no lugar do outro. “É mais fácil julgar, criticar, condenar o outro do que aceitar que ele é diferente, pensa diferente, age de maneira diferente. Sem diálogo, muito menos consenso, o eu se faz soberano e autoritário, e o que poderia ser uma saudável troca de ideias acaba se transformando em discussão acirrada, briga, segregação”, alerta a psicóloga.

VERDADE ABSOLUTA

 

A velha expressão “dono da verdade” ilustra bem o tema de que estamos tratando. Para Renata, “ao cultuar sua ideologia, seu modo de vida, sua religião e política, seu futebol e sua conta no Facebook, o indivíduo acaba cultuando a sua verdade e se apropriando quase que visceralmente dela. De forma absolutista e tirana, o eu vai se impondo sem muita maleabilidade, adotando posturas rígidas de interagir no mundo. E encontra respaldo especialmente nas redes sociais, por meio das ‘curtidas’ e comentários que legitimam e aprovam instantaneamente o que foi exposto, transformando opiniões em verdades. De posse de uma conta virtual, de uma senha e de um espaço para compartilhar sua vida privada, algumas pessoas acabam confundindo deter a posse de uma verdade única e absoluta, a despeito de uma alteridade que faz parte e que muitas vezes pensa diferente”.

Em uma era marcada pelo narcisismo, imediatismo e hedonismo (culto ao prazer), o indivíduo se coloca muitas vezes como sendo mais importante que todo o resto, e alimenta seu ego pelo reforço instantâneo que vem do mundo virtual. “E quando o reforço não é positivo, os recursos estão a um clique: é possível 'bloquear' o outro, 'desfazer a amizade' ou partir para uma discussão sem muita ponderação. Do mundo virtual para o real, a fronteira é tênue...”, frisa a especialista.

Por outro lado, Renata Feldman enfatiza que algumas pessoas têm atentado para essa questão e buscado transformar abismo em ponte. “O livro da Marcia Tiburi é um nobre exemplo, assim como outros convites à reflexão e ação que propõem mudanças nesse sentido. No último carnaval em BH, um bloco de rua idealizado pelo escritor Marcelo Xavier reuniu foliões animados e conscientes da importância de se viver a diversidade, rendendo uma homenagem às diferenças. O nome do bloco? 'Todo mundo cabe no mundo'.”

 

RESPEITO À DIFERENÇA

 

“O sujeito destituído como sujeito político, transformado em átomo anônimo entre outros átomos anônimos da massa, um homem qualquer, sem capacidade política, sem consciência moral, sem vontade, sem julgamento e, por essa razão, capaz de seguir ou de fazer banalmente o mal”, palavras de Hanna Arendt, filósofa política alemã de origem judaica, uma das mais influentes do século 20, e também conhecida como  pensadora da liberdade.

Ao que tudo indica, é o que estamos vivendo. “As pessoas de fato estão perdendo a capacidade de escutar. Diante do outro, mostram-se intolerantes, impacientes e avessas a opiniões divergentes e confrontadoras. O ‘diferente’ passou a ser defeito, algo a ser negado e evitado, porque é altamente ameaçador, causa de angústia e muito mal-estar”, analisa a psicanalista e psicóloga Maria Goretti Ferreira, com mais de 35 anos de clínica médica.

Goretti explica que, a princípio, cumpre lembrar que o ser humano é habitado por pulsões agressivas e destrutivas, que o levam a atacar tudo aquilo (ou aquele) que tira-o da zona de conforto, colocando em xeque suas supostas certezas e ilusões. “O que é do 'outro', o que vem de 'fora' é percebido como ameaçador, desestabilizador, provocando, em contrapartida, uma resposta violenta na tentativa de aniquilar esse 'outro'. Esse outro, uma vez instalado no lugar de inimigo, daquele que traz a peste, desobriga a cada um o comprometimento com o seu lado sombrio, negativo e violento.”

violência Para ilustrar a reflexão, a psicanalista lembra que assistimos hoje a grandes fluxos migratórios, em que as fronteiras geográficas, étnicas e econômicas têm sido derrubadas, com um crescente recrudescimento da xenofobia. “Ou seja, quando se espera por uma sonhada integração entre os diferentes povos, a tão almejada solidariedade é contaminada por incessantes respingos de intolerância, ódio e crueldade. É de se notar em certas mídias o tratamento e a conotação que se tem dado ao termo 'refugiado'. Ele não é só um 'estrangeiro', perscrutado com olhares curiosos. O refugiado, mais que isso, é aquele olhado com desconfiança, estranheza, insegurança e prevenção”, frisa.

E por que é tão difícil admitirmos a nossa própria violência? Porque ela é mesmo feia, apesar de inerente a toda humanidade. “Todos querem ficar bem no filme, a começar diante do nosso próprio espelho! Então, é preferível que seja o outro o portador e o alvo daquilo que me recuso a enxergar dentro de mim. Agudizando essa postura, somos fruto de uma formação judaico-cristã, além da utopia de que o homem é (ou deveria ser) naturalmente bom, com a exclusão de suas pulsões agressivas. Acrescenta-se, de meu ponto de vista, a ênfase no excesso do politicamente correto, em que o indivíduo, para escapar da pecha de 'preconceituoso', assume uma postura de 'não ser a favor, nem contra, muito antes pelo contrário', numa aparente consideração pela alteridade. Grosso modo, trata-se muito mais de uma indiferença, de uma falta de comprometimento solidário, com uma identidade forjada na negação das diferenças. A diferença não é para ser negada, mas reconhecida e respeitada.”


Diante de fronteiras cada vez mais tênues e movediças, Goretti diz que o indivíduo se vê mais acuado e ameaçado, já que seu espaço é, cada vez mais, também o espaço do outro, o invasor. “Num mundo enlouquecido, fragmentado, de laços sociais esgarçados e com a tônica na busca desenfreada pelo sucesso individual e pelo famigerado estado de 'felicidade', não é de se estranhar que, quanto mais globalizado, maior o nosso sentimento de fracasso e incompetência.”

De acordo com a psicanalista, não havendo mais espaço para a dor, para as falhas, para a tristeza, para a vidinha comum, longe dos holofotes, “não resta ao indivíduo outro lugar senão o apego ao seu nicho de vaidade e orgulho, em que a meta principal se restringe ao crescimento ascendente, isento de crises, dúvidas e quedas”. Instalado nessa posição exclusivista de ser único e especial, a psicanalista afirma que se encontra aí “o palco por excelência em que se transformaram certas redes sociais, onde só se posta o lado bonito, leve e superficial da vida. Numa oscilação contraditória, buscando aprovação e empurrando a poeira para debaixo do tapete (esta, sempre off-line). O indivíduo, em seu desalento e solidão, tem a possibilidade de milhares de 'amigos' e seguidores, onde pelo menos vai ser 'curtido' ou rechaçado. O importante é que 'sou visto, logo existo'!”. Então, pergunta-se: será que estamos no final dos tempos? “Acredito que não, mas é preciso ficar atento e cuidar muito bem da nossa própria violência!”, conclui Goretti.

 

Elencamos alguns casos recentes de intolerância e interpretações equivocadas que  foram divulgadas pela mídia ou geraram confrontos e debates nas redes sociais.

1) Fantasias carnavalescas do trio Aladim, Jasmine e o macaquinho Abu, melhor amigo do personagem Aladim, levantaram discussão nas redes sociais. O casal que usava as roupas, pais adotivos da criança negra que foi fantasiada de Abu, foi acusado de preconceito racial em postagens no Facebook. A imagem foi registrada durante o carnaval de Belo Horizonte em um bloco que desfilou na Floresta, Região Leste da capital.

2) Em junho de 2015, uma menina de 11 anos foi agredida no subúrbio do Rio de Janeiro por intolerância religiosa. A garota foi atacada, segundo a avó, que é mãe de santo, quando retornavam do culto e todos estavam vestidos de branco.

3) Em 2010, um grupo de rapazes agrediu um jovem, na Avenida Paulista, em São Paulo, pelo simples fato de ele ser gay. A intolerância contra homossexuais faz várias vítimas pelo país.

4) No mês passado, post publicado no Facebook por uma candidata a uma vaga no curso de letras da UFMG foi pivô de grande repercussão nas redes sociais. “Para o curso de letras da UFMG, há 260 vagas; fiquei na posição 239, mas não vou conseguir entrar. Por quê? Por causa dessa m* de cota”, vociferou a jovem. A resposta veio de Lorena Cristina de Oliveira Barbosa, de 20 anos, aprovada no processo seletivo dentro da modalidade de reserva que considera etnia e renda dos concorrentes: “Pode ter certeza de que farei jus à minha 15ª colocação nesse curso. Vou ser uma aluna excelente e uma ótima profissional que, futuramente, vai roubar seu emprego também. Desculpem-me por não aceitar nenhum filho de burguês apontando o dedo para mim e dizendo que sua não aprovação foi culpa minha. Não foi. A universidade pública deveria atender muito mais pessoas como eu. Teoricamente, ela nasceu para isso. Eu ocupo esse lugar agora. E ele será tão meu quanto de vocês”.

5) Em dezembro de 2015, o cantor e compositor Chico Buarque, ao sair de um restaurante no Leblon, bairro da Zona Sul do Rio de Janeiro, foi hostilizado por um grupo de jovens antipetistas.

6) Cinco jovens queimam vivo o índio Galdino Jesus dos Santos enquanto ele dormia em uma parada de ônibus na capital federal, em 1997.

7) Os milhares de incidentes na disputa entre petistas e “coxinhas” (e quem não é de nenhum dos lados) pelas ruas, redes sociais, em casa, nos bares...


8) Para não dizer que a falta de diálogo é só no Brasil, na verdade afeta o mundo, o jovem australiano Casey Heynes virou celebridade na internet em março de 2011. Um vídeo que mostra o garoto gordo se defendendo de um colega magro na escola caiu na rede e viralizou. Casey ficou conhecido como Zangief Kid, referência a um lutador do game Street Fighter. Casey contou que sofria bullying há um bom tempo e um dia não aguentou mais e revidou.

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