Atualmente o exame mais comum no Brasil para diagnosticar o Zika é o PCR, que só detecta o vírus na fase aguda da doença. Este teste rápido é o quarto produto aprovado pela Anvisa para o diagnóstico do Zika e o terceiro capaz de identificar se o paciente teve a doença mesmo após a eliminação do vírus, pois faz a detecção pela presença de anticorpos.
A necessidade de ter mais exames disponíveis para a detecção do Zika aumentou depois que o Ministério da Saúde confirmou que quando gestantes são infectadas pelo vírus podem vir a ter bebês com microcefalia, uma malformação no cérebro.
Enquanto em 2014, quando o vírus ainda não circulava fortemente no país, foram registrados 147 casos da malformação, entre outubro de 2015 e o começo de fevereiro de 2016 foram confirmados mais de 460 casos, sendo que 41 têm relação confirmada com o vírus Zika. Mais 3.852 registros de suspeita de microcefalia estão em investigação.
Novo teste
Especialmente voltado à triagem rápida de pacientes, o teste demonstra se o sangue contém os anticorpos IgG - caso positivo, é possível concluir que a pessoa teve a doença, ainda que o vírus já tenha sido eliminado. O exame também identifica os anticorpos IgM, que sinalizam a fase aguda da doença.
O teste utiliza como suporte uma membrana de nitrocelulose em que os anticorpos são capturados e revelados por meio de uma rápida reação química, sem a necessidade de equipamentos especiais ou instrumentos laboratoriais.
Em nota, a Biocan afirma que está "satisfeita em anunciar" a aprovação do exame pelo órgão brasileiro. "Esperamos que esse teste possa ajudar a situação atual no Brasil, pois agora pacientes podem ser diagnosticados rapidamente em minutos, sob um custo muito razoável". A empresa não informa o valor do produto nem quando passará a comercializar para o País. .