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O ministro falou que a expectativa é de um ano para que a vacina seja desenvolvida. No entanto, lembrou que "desenvolver não é estar com a vacina pronta". Depois disso, segundo ele, tem o tempo dos testes em animais e humanos. O investimento do MS será U$ 1,9 milhão.
O prazo total, segundo o ministro, é de três anos para que a vacina seja produzida em larga escala. Castro disse que será estabelecido um protocolo com a FDA (Food and Drug Administration) e a Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) para que nenhum entrave burocrático atrase as etapas de desenvolvimento da imunização. “Se tudo correr bem, em um ano teremos a vacina desenvolvida e teremos dois anos para fazer os testes e produzir a vacina em larga escala”, afirmou.
A parceria, segundo Castro, é "fruto de um telefonema entre Dilma Roussef e Barack Obama que enviou ao congresso americano um projeto de lei pedindo U$ 1 bilhão de dólares para combate ao zika vírus".
Combate ao Aedes
Castro disse ainda que a diretora da Organização Mundial de Saúde (OMS), Margareth Chan vai acompanhar o trabalho do MS de combate ao Aedes Aegypti que transmite não apenas a infecção por zika, mas também a dengue e a febre chikungunya. O Ministro lembrou que 50 mil pessoas morrem por ano de dengue no mundo e que a doença está presente em 113 países.
O MS divulgou também que foi estabelecida uma parceria com 15 técnicos do Centro de Controle de Doenças dos Estados Unidos (CDC) que estarão em Pernambuco para estudar a relação entre vírus zika e microcefalia. A pesquisa será realizada conjuntamente pelo governo brasileiro e a Universidade do Texas Medical Branch. Segundo Castro, está prevista também a participação de outros organismos de saúde internacional, como a própria OMS.
Relação zika e microcefalia
Marcelo Castro afirmou que a relação epidemiológica entre a infecção por zika e a microcefalia está muito bem estabelecida. “Não temos dúvida de que é o vírus zika que está causando a microcefalia. Os estados que têm mais casos de zika têm mais casos de microcefalia. Os estados com menos casos de zika têm menos casos de microcefalia e os estados sem zika não têm casos de microcefalia”, declarou na coletiva.
O ministro disse ainda que o zika é um preocupação internacional, já que o vírus tem se propagado de uma forma muito mais veloz que o da dengue e que Canadá e Chile são os únicos países que estão livres da doença.