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O garotinho tem a síndrome de Pfeiffer, que se caraceteriza pela fusão prematura de ossos do crânio que impede o seu crescimento normal e afeta a forma da cabeça e da face.
A montagem que circula na internet compara Jameson a um cão da raça pug. “Fiquei chocada quando vi pela primeira vez”, relembra AliceAnn em entrevista ao jornal Daily Mail Australia. “Eu não entendi a razão de alguém perder tempo para criar um meme disso. Eu não entendo o pensamento por trás dessa atitude”, desabafa.
Desde o nascimento dele, em 2012, AliceAnn mantém um blog Jameson’s Journey onde escreve sobre a condição do filho.
Após ter visto o meme, a mãe entrou em contato com o Facebook, Twitter e Instagram na tentativa de remover a montagem. AliceAnn também escreveu um texto com críticas à rede social de Mark Zuckerberg. Segundo ela, a plataforma teria respondido de forma negativa alegando que o meme não violava seus padrões.
Em um texto intitulado 'This Is My Son Jameson, And No, You May Not Use His Photo' (em tradução livre: Este é meu filho Jameson, e não, você não pode usar a foto dele), a mãe escreveu sobre seu desespero por alguém ter sido tão cruel, e também clamou para que as redes sociais encontrem formas de responder ao abuso e ao assédio moral.
“Eu farei tudo que está ao meu alcance", escreveu a mulher, que é mãe de outros dois meninos. AliceAnn encontrou até agora o meme em seis páginas do Facebook, oito vezes no Instagram e cerca de uma dúzia de vezes no Twitter. Ele também foi publicado no Tumblr e no site 9Gag.
Embora Twitter e Instagram tenham agido rapidamente e removido a foto, o Facebook disse inicialmente que o assédio moral não viola as suas normas. “Quando se clica no botão de denúncia no Facebook, a rede te encoraja a enviar uma mensagem diretamente para a pessoa (que reproduz o meme)”, conta. “Para mim, isso parece um desperdício do processo”, acrescenta.
AliceAnn também enviou mensagens àqueles que riram das fotos de Jameson e o criticaram na internet. "Para todos vocês que estão rindo tanto do meu filho, espero que se um dia isso acontecer com um de vocês, rezo para que você mude o seu coração e acolha essa criança com braços amorosos."
Você pode ajudar denunciando imagens que expõe crianças de forma negativa e mais ainda, nunca compartilhar publicação que humilhe outra pessoa.
O caso de AliceAnn é de bullying virtual, mas, de modo geral, especialistas têm alertado sobre o uso de foto de crianças na internet. Veja algumas dicas de segurança:
Não publique fotos que tenham o registro de localização.
Foto da criança com uniforme da escola ou outros tipos de referência que ajudem a identificar os locais que ela frequenta.
Foto do filho ou filha com colegas sem que os pais autorizem o uso dessa imagem nas redes sociais.
Imagens que mostrem os bens familiares das famílias.
Foto da criança nua, no banho ou qualquer outra situação que poderá constrangê-la no futuro.
Não deixe que crianças tenham seus próprios perfis em redes sociais.
Informações escritas de onde a criança mora, estuda, fotos da casa ou do prédio onde a família vive.
Fotos que podem ser vistas por desconhecidos ou amigos de amigos. Faça filtros de segurança.
Foto da criança que identifique o local de trabalho dos pais.
Foto de alta qualidade, por se mais fácil de manipulá-la.