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“Em relação ao boletim divulgado no dia 20 de janeiro, é possível constatar a tendência de redução no número de notificações. O aumento identificado em uma semana de casos notificados foi de 7%. No entanto, a quantidade de casos descartados cresceu 63%, passando de 282 para os atuais 462”, ressaltou Cláudio Maierovitch, diretor do Departamento de Vigilância das Doenças Transmissíveis do Ministério da Saúde à Agência Saúde.
O total de óbitos notificados pela malformação congênita subiu para 68 e inclui os natimortos (após o parto) e os abortos espontâneos (durante a gestação). Do total de óbitos, cinco foram descartados e 12 têm relação com a infecção por zika vírus, todos são da região Nordeste: 10 no Rio Grande do Norte, 1 no Ceará e 1 no Piauí. Ainda continuam em investigação as razões da morte de 51 bebês.
Os 4.180 casos notificados foram registrados em 830 municípios de 24 unidades da federação, mas em 22 já há transmissão autóctone, ou seja, aquela que ocorre dentro do próprio estado. Minas Gerais entra pela primeira vez nesse rol.
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Os outros estados com transmissão autóctone são: Goiás, Mato Grosso do Sul, Roraima, Amazonas, Pará, Rondônia, Mato Grosso, Tocantins, Maranhão, Piauí, Ceará, Rio Grande do Norte, Paraíba, Pernambuco, Alagoas, Bahia, Espírito Santo, Rio de Janeiro, São Paulo e Paraná, além do Distrito Federal.
Pernambuco continua com o maior número de casos que permanecem em investigação (1.125), seguido dos estados da Paraíba (497), Bahia (471), Ceará (218), Sergipe (172), Alagoas (158), Rio Grande do Norte (133), Rio de Janeiro (122) e Maranhão (119). O Nordeste que concentra 86% dos casos. O início das investigações começou em 22 de outubro de 2015.
A microcefalia pode ter como causa diversos agentes infecciosos além do Zika, como Sífilis, Toxoplasmose, Outros Agentes Infecciosos, Rubéola, Citomegalovírus e Herpes Viral.
Confirmação
A circulação do Zika é confirmada por meio de teste PCR, uma tecnologia da biologia molecular. A partir da confirmação em uma determinada localidade, os outros diagnósticos são feitos clinicamente, por avaliação médica dos sintomas.
O Ministério da Saúde orienta as gestantes adotarem medidas que possam reduzir a presença de mosquitos transmissores de doença, com a eliminação de criadouros, e proteger-se da exposição de mosquitos, como manter portas e janelas fechadas ou teladas, usar calça e camisa de manga comprida e utilizar repelentes permitidos para gestantes.