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“A cada gene que identificamos, ficamos mais perto de descobrir o gatilho para essa doença intrigante. É uma boa notícia para os pesquisadores e os pacientes”, comemora Judith James, do Instituto de Doenças Autoimunes do Oklahoma Medical Research Foundation, nos Estados Unidos. O trabalho também contou com a participação de cientistas de universidades da Malásia, da Coreia do Sul, da China e do Japão.
A equipe trabalhou com 17 mil amostras de sangue de voluntários na Coreia do Sul, na China, na Malásia e no Japão. Desses, quase 4.500 tinham confirmação de lúpus. O restante serviu de grupo de controle. Ao analisar o DNA do material recolhido, eles identificaram os 10 genes. Segundo Swapan Nath, líder do estudo, o GTF2I mostrou-se “um jogador-chave na suscetibilidade do lúpus”. “O seu efeito parece ser mais alto do que o dos genes anteriormente conhecidos. Supomos que, agora, pode ser o gene predominante do lúpus”, diz.
A aposta de Nath e de seus colegas é que, com esses novos dados, eles consigam identificar onde ocorrem os defeitos no DNA e como eles desencadeiam a doença. Assim, acreditam, conseguirão desenvolver exames de diagnósticos mais específicos e terapias focadas nas falhas genéticas. “Há um longo caminho a partir desse ponto, mas enormes esforços colaborativos, como esse, ajudam a fazer as coisas acontecerem”, diz o pesquisador.
Considerado uma doença crônica, o lúpus inflama tecidos conjuntivos e pode afetar as articulações, os rins, as mucosas, as paredes dos vasos sanguíneos e até o cérebro. A causa da enfermidade que acomete 5 milhões de pessoas em todo o mundo ainda é desconhecida.