"A malária é um grande assassino, mas com esforço e o tipo de pesquisa que temos no norte da Inglaterra, podemos eliminar a doença", disse Osborne ao apresentar o projeto na Faculdade de Medicina Tropical de Liverpool. "É difícil exagerar sobre o impacto da malária. Não se pode construir uma economia próspera quando você tem muitos casos de malária", afirmou Gates.
Em um artigo publicado no jornal The Times, os dois defenderam que a luta contra a doença deve ser uma prioridade. "Quando falamos de tragédia humana, nenhuma criatura causa tanta devastação como o mosquito", afirmam no texto. "Ambos acreditamos que um mundo sem malária deve ser uma das prioridades mundiais de saúde", completam.
Em cada um dos cinco anos do plano, 500 milhões de libras serão liberadas do orçamento britânico de ajuda ao desenvolvimento e a Fundação Bill Gates entregará, em 2016, 200 milhões de dólares, que serão seguidos por outras doações.
De acordo com o relatório de 2015 da Organização Mundial da Saúde (OMS) sobre a malária no mundo, 214 milhões de novos casos de malária provocaram a morte de 438.000 pessoas no passado, apesar da doença ter tratamento e cura. A malária mata sobretudo as crianças. Os menores de cinco anos representam dois terços dos óbitos, segundo o documento.
Nos últimos 15 anos foram registrados avanços consideráveis nas técnicas para controlar a doença, mas estão ameaçados pela crescente resistência do inseto aos remédios e aos inseticidas, segundo a OMS.
A malária é um dos principais desafios de saúde pública no mundo, com mais de 40% da população vivendo em regiões de risco..