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Para evitar a presença de ectoparasitas, a coceira causada por eles e todas as outras doenças que podem surgir de uma infestação ou da picada de um parasita infectado, os especialistas ressaltam a necessidade da prevenção. De acordo com a veterinária Renata Queiroz de Melo, a profilaxia deve ser feita de forma sistemática. A depender do tipo de medicamento ou do dispositivo usado para manter pulgas e carrapatos afastados, é necessário realizar um tratamento mensal.
Ao notar que o pet tem se coçado de forma excessiva, checar o pelo do animal em busca de ectoparasitas deve ser uma das primeiras providências. Caso não se encontre nada, mas a comichão persista, é importante continuar investigando a causa do desconforto e procurar a ajuda de um veterinário.
O incômodo pode ser resultado da presença de sarna. Existem dois tipos da doença: a sarna sarcóptica, também chamada de escabiose; e a sarna demodécica, conhecida como demodicose. No primeiro caso, a sarna é causada pela presença de ácaros na pele do animal. Ela pode ser restrita somente a uma região, como ao redor das orelhas e na cabeça, ou generalizada por todo o corpo. A doença pode ser transmitida para os seres humanos. O tratamento consiste em banhos com xampus e medicamentos específicos. Os donos de animais infectados também devem promover a desinfecção do ambiente.
No caso da sarna demodécica, a doença é causada por um tipo específico de ácaro. Assim, a imunidade baixa faz com que o ácaro, comum no organismo dos animais se manifeste causando a doença. A enfermidade também pode estar associada a outras alterações, como, por exemplo, a dermatite bacteriana. O tratamento também inclui banhos terapêuticos, acrescidos de raspagens quando necessário, bem como medicação oral, específica para eliminar os ácaros. Animais jovens, com menos de 1 ano, e os mais velhos têm maior predisposição para desenvolver a doença.
Nos dois casos, o animal deve ser tratado por um profissional qualificado. As alergias e atopias também podem ser as causadoras de coceiras constantes em cães e gatos. Podem ser resultado da sensibilidade do pet a produtos de limpeza, grama, pólen, poeira, perfumes, entre outros. Alguns alimentos também podem gerar alergia nos animais, entre eles, carne de vaca ou de porco e alimentos derivados de milho, trigo, leite e soja.
O samoieda Thor, 2 anos, é vítima de constantes irritações na pele. A dona dele, a estudante Bruna Nogueira, 19, conta que o pet foi diagnosticado com alergia, mas os médicos veterinários ainda não conseguiram descobrir o que tem causado as reações. As coceiras começaram logo que Thor chegou à casa da família, com menos de três meses de idade. “Não sabemos se ele já nasceu com o problema ou se o desenvolveu ao entrar em contato com algum produto quando ainda era muito novinho”, explica.
A alergia não foi descoberta rapidamente. Inicialmente, Bruna acreditou que o problema era resultado de pulgas. Após o tratamento e eliminação dos parasitas, o samoieda melhorou por alguns meses. “Achamos que estava tudo resolvido, mas pouco tempo depois ele voltou a se coçar muito. Fomos ao veterinário de novo e fizemos outros exames”, conta. Um deles incluía uma raspagem e identificaria se Thor tinha algum tipo de fungo na pele. Todos os testes deram negativo, a equipe médica continuava sem respostas. Após alguns banhos terapêuticos, a coceira passou.
Depois de um tempo de alívio, o então filhote voltou a apresentar o prurido, acrescido de bolinhas vermelhas pelo corpo. Dessa vez, Bruna buscou um veterinário diferente, que identificou um nódulo em Thor. “Tivemos que fazer cirurgia e ele disse que o cisto era uma forma de defesa do organismo. Finalmente, descobrimos que ele tinha alergia”, lembra a estudante.
O veterinário orientou Bruna a ter cuidado extra com tudo que pudesse entrar em contato com o animal, incluindo produtos de limpeza e higiene. “Passamos a limpar a casa com materiais específicos para quem tem cães e a evitar ficar perto dele na hora de usar perfume e outros produtos”, afirma.
Hoje, a alergia de Thor está controlada. A estudante não sabe ao certo a causa das reações, mas os banhos com xampus específicos e antialérgicos ajudam a minimizar as coceiras. A jovem também usa um remédio nas áreas afetadas, o que alivia o incômodo de Thor. Apesar de receber cuidados, o cachorro ficou com algumas sequelas. “O pelo dele é mais ralo que o da minha outra filhote e quase não tem pelagem nas patas traseiras”, lamenta Bruna.
Outras causas de coceira em pets podem ser dermatites bacterianas, tratadas com medicamentos e com acompanhamento médico. Mais raramente, pode ser resultado de estresses e de problemas psicológicos. Chamada de dermatite psicogênica, costuma causar lesões nos membros torácicos do animal, incluindo o pescoço e o tronco. “Pode ser um sintoma de comportamento obsessivo, porém, não é algo comum. O animal, quando ansioso ou estressado, tende a se coçar em excesso, o que pode ocasionar lesões na pele e aumentar ainda mais a irritabilidade”, completa Olavo.
FIQUE ALERTA
Os especialistas orientam, no entanto, que os donos não se assustem com qualquer coceira. Afinal, podem ser apenas um reflexo. Os sinais que indicam que o comportamento pode ser uma doença ou incômodo mais sério são: coceiras constantes, que criam ferimentos na pele; áreas sem pelo ou descamadas; presença de secreção ou dor na região afetada e alterações na rotina do animal em decorrência do prurido.
Além de realizar a prevenção de ectoparasitas frequentemente e de estar atento a alterações na pele e no pelo do animal, é importante secar bem os bichos após os banhos e procurar auxílio médico em qualquer sinal de alteração.