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“Acreditamos que a ocitocina tem potencial para melhorar comportamentos de mães com depressão pós-parto, mas é necessário mais investigação para estabelecer a sua segurança devido ao impacto incerto desse hormônio sobre o humor materno”, destacou, em comunicado, Beth Mah, pesquisadora do Hunter Medical Research Institute e integrante do estudo.
Entre os estudos revistos, dois mostraram que grávidas com níveis baixos de ocitocina têm chances mais elevadas de desenvolverem sintomas depressivos após o nascimento dos bebês. Outro, porém, utilizou o hormônio do bem-estar para tratar mulheres com depressão pós-parto e não atingiu o resultado esperado. Em alguns, houve até o desencadeamento do transtorno psiquiátrico. Os resultados divergentes, dizem os pesquisadores, indicam a necessidade de análises futuras.
Crianças cuidadas por mães que sofrem de depressão pós-parto sofrem risco aumento de complicações, como distúrbios psiquiátricos e problemas de desenvolvimento. “Em comparação com as não depressivas, as mães com o problema interagem com os bebês com menos sensibilidade, relatam se sentir menos competentes e com menos frequência escolhem estratégias recomendadas de parentalidade “, diz Mah.
Segundo a pesquisadora, o efeito benéfico do uso do hormônio é o mais esperado. Há, inclusive, a possibilidade de o hormônio ser usado no tratamento de outros problemas psiquiátricos que possam ser desencadeados pela depressão pós-parto. “Talvez, o desafio mais importante seja determinar se a ocitocina poderia ser usada como tratamento coadjuvante para melhorar as relações entre a mãe e o bebê que são afetadas pela depressão pós-parto, e também outras condições psiquiátricas”, completa Mah.