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Nova técnica utiliza robô contra a calvície
Na busca por melhor aparência, a reclamação mais comum é a luta contra a calvície, já que é bastante comum entre os homens: segundo pesquisa da Academia Americana de Dermatologia, cerca de 50% deles não escapam da calvície. Em níveis de comparação, homens se preocupam tanto com a perda de cabelos quanto as mulheres costumam se incomodar com a celulite.
Os tratamentos para o combate da calvície e o retorno dos fios ao topo da cabeça ganham agora um novo reforço: a tecnologia robótica 'Artas', desenvolvida nos Estados Unidos e que desembarca no país. O robô permite um tratamento diferencial para transplante capilar, já que permite resultados mais naturais e uma cicatrização praticamente invisível, com processo indolor.
Especialista em transplante capilar e referência no assunto nos Estados Unidos, William Yates utiliza o aparelho há 3 anos e destacou que o 'Artas' é uma revolução na indústria do transplante capilar. "Ele acrescenta muitos passos necessários para ajudar o paciente, por exemplo, quando o paciente vem pela primeira vez, você pode mostrar uma foto de como ele poderá ficar após o transplante", disse o especialista que participou de um Workshop em Campos do Jordão, onde foi realizado o Simpósio de Cosmiatria e Laser.
O 'Artas' realiza um transplante capilar de maneira praticamente indolor e com cicatrização mais rápida, por meio da tecnologia FUE (Follicular Unit Extraction), que consiste na retirada d unidades foliculares uma a uma da área doadora, com a posterior transferência para a área calva ou receptora. O 'Artas' utiliza câmeras de visualização de alta resolução que permitem ao médico manobrar o braço do robô em praticamente todos os ângulos possíveis, o equipamento consegue retirar folículos com máxima precisão, garantindo enxertos de altíssima qualidade e baixas taxas de transecção.
Para o dermatologista João Carlos Pereira, o 'Artas' sofisticou o transplante capilar. "Com ele, nós não temos cortes, não temos incisões, não temos cicatrizes, consequentemente não temos dor. Cirurgicamente, ele tem uma precisão muito grande e um bom aproveitamento das mudas e uma menor perda de enxertos e isso valoriza muito o trabalho"
O pós-operatório também é um diferencial. Técnicas tradicionais retiram uma tira inteira de cabelo, já o 'Artas' consegue fazer a retirada de até 900 folículos por hora, um a um. Este método interfere no processo de cicatrização: "Enquanto a técnica clássica de transplante retira uma tira completa do cabelo (da chamada área doadora), deixando uma cicatriz linear, muitas vezes de uma orelha a outra. O 'Artas' permite uma cicatriz suave, pontual, permitindo ao paciente, inclusive, a utilização de um corte de cabelo mais curto, caso seja esse o desejo", conclui João Carlos.